Críticas a Dilma constrangem Wagner em Comandatuba

O governador Jaques Wagner (PT) foi obrigado a ouvir duras críticas do presidenciável tucano Aécio Neves e de empresários à presidente Dilma Rousseff (PT) ontem, durante o Fórum de Comandatuba, que anualmente reúne a classe empresarial do país num resort da ilha situada ao sul da Bahia. Diante do fogo cerrado contra a presidente, que foi convidada mas não compareceu ao encontro, o organizador do evento, João Dória Jr., pediu a Wagner que defendesse Dilma. Em resposta, Wagner pontuou: “Não vou defender o ex-presidente Lula ou a presidente Dilma. Eles farão as próprias defesas no momento certo. Mas não vamos vender ilusão. Se alguém tivesse todas as respostas, estaríamos em outro país”. Criticando o alto nível de intervenção do Estado brasileiro, sob a gestão petista, na economia, Aécio disse que não se fazia “um país crescer sem investimentos e não se faz investimentos num país que não respeita regras” e completou com uma crítica à postura imperial da presidente. “Quando a candidata do PT se dispuser a sentar conosco e debater o Brasil, a discussão vai acontecer”, afirmou o tucano, criticando ainda uma suposta falta de empenho do governo federal de debater e votar a reforma tributária. “Vamos parar de hipocrisia. Quando se fala em reforma tributária, estamos falando em divisão do bolo. E para fazer essa reforma tributária é preciso passar pelo Congresso”, rebateu Wagner. Na mesa, ao lado de Wagner, Eduardo Campos, presidenciável do PSB, balançava a cabeça em tom de consentimento todas as vezes que era citado por Aécio, que sinalizou em seu discurso interesse em uma aproximação com o socialista. Com informações do jornal A Tarde.