22 de novembro de 2014 | 08:45

México reprime ato contra governo

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Na maior manifestação desde o desaparecimento de 43 estudantes no dia 26 de setembro, cerca de 30 mil pessoas ocuparam o Zócalo, a praça central da Cidade do México, e outros milhares se espalharam pelas ruas ao redor em um ato iniciado na noite de quinta-feira e concluído na madrugada de ontem (21). Muitos exigiram a saída do presidente Enrique Peña Nieto. Ele é acusado não só de omissão frente ao crime organizado e aos constantes massacres, mas também de corrupção. Peña Nieto enfrenta a insatisfação de sindicalistas e estudantes com suas reformas liberais. Uma “greve cívica” foi convocada para dia 1.° de dezembro. Durante três horas, a manifestação transcorreu pacificamente, com apenas dez policiais federais observando discretamente de uma esquina do Palácio Nacional, sede do governo, que teve parte da porta principal queimada na última manifestação, dia 8. Às 20 horas (meia-noite em Brasília), cerca de 50 jovens mascarados tentaram forçar a passagem pela barreira de metal que protegia o palácio, lançando coquetéis molotov e pedras contra a porta recém-restaurada. Reforços policiais dispersaram o grupo com bombas de gás lacrimogêneo. Quinze pessoas – 12 rapazes e 3 moças – foram detidas, incluindo um chileno. Dois jovens ficaram feridos. Mais cedo, um dos oradores na praça havia pedido que os mascarados exibissem os rostos, um apelo para que não houvesse violência. Quando o grupo avançou contra o palácio, vários manifestantes tentaram dissuadi-los, sem sucesso.

Lourival Sant'Anna, Agência Estado
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