11 de dezembro de 2014 | 11:30

CIA defende-se de relatório do Senado acusando agência de tortura

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A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e vários de seus antigos dirigentes fazem uma campanha para desacreditar uma investigação de cinco anos do Senado sobre as práticas de interrogatório da CIA após o 11 de Setembro. O temor é que o registro das ações passe a definir a agência como torturadora em vez de patriota e exponha seus integrantes à ações da Justiça em todo o mundo. O relatório do Comitê de Inteligência do Senado não sugere a abertura de processos por irregularidades e o Departamento de Justiça não tem interesse em reabrir uma investigação criminal. Mas a ameaça a antigos interrogadores e seus superiores foi levantada quando um investigador especial da Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu que os responsáveis pelos “crimes sistemáticos” sejam levados à Justiça e grupos de direitos humanos fizeram pressão pela prisão de importantes figuras da CIA e do governo Bush, caso eles viagem para o exterior. Funcionários atuais e antigos da CIA estão determinados a apresentar o relatório do Senado como um golpe político de democratas da casa com o objetivo de manchar um programa que salvou vidas de norte-americanos. Segundo escreveram os ex-diretores da agência George Tenet, Porter Goss e Michael Hayden na página de opinião do Wall Street Journal, “trata-se de um estudo unilateral, marcado por erros de fato de e interpretação. Essencialmente um ataque mal feito e partidário contra a agência que fez o máximo para proteger a América.”

Agência Estado
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