PV corre o risco de uma debandada

Tudo indica que a dissidência “PV Democrático” criada para abrigar os filiados do Partido Verde que não estão satisfeitos com os rumos que a agremiação vem tomando pode gerar uma debandada significativa dos quadros de lideranças da sigla. São fortes os rumores do crescimento do descontentamento de opositores à atual presidência baiana do PV. O fato começou a ganhar corpo quando o prefeito de Licínio de Almeida, Alan Lacerda, foi destituído da função de presidente para dar vaga ao comando de Ivanilson Gomes. O deputado estadual Marquinhos Viana (PV) está possesso e critica a situação. O verde é um dos que ameaçam deixar o PV e rumar para um novo partido. Segundo ele, a atitude tomada pelo presidente José Luiz Pena – da destituição da Executiva sem conversa – foi uma atitude de “ditador”. “A possibilidade de a gente sair da sigla é real. Nós – quando digo nós me refiro a Uziel Bueno, Célia Sacramento e outros – não aceitamos ser liderados por Ivanilson. Eu não aceito que ele use meu nome, por exemplo, como um deputado do PV para falar do partido”, declarou. Questionado da possibilidade da retirada do seu mandato de forma judicial por infidelidade partidária caso deixe, de fato, o PV, Marquinhos Viana lembrou que existem saídas jurídicas que podem livrá-lo do processo. “Eles podem me expulsar, pois não seguirei a cartilha deles e também existem partidos em formação no Brasil. Até a próxima eleição, alguns deverão ser criados. Mas também existe a justa causa. Creio que a Justiça vai tomar uma decisão sensata se for convencida da situação em que fiquei com essas decisões antidemocráticas dentro da minha própria legenda”, ressaltou. Sobre as negociações da possível ida do PV para a base do governador Rui Costa (PT), Viana não acredita que o fato irá se concretizar e o assunto não passa de provocação de Ivanilson para pressionar o prefeito ACM Neto (DEM). “Desde antes, apesar de Alan ser o presidente, ACM Neto sempre só procurou Ivanilson. Agora Ivanilson quer aproveitar essa contenda do PTN e pressionar o democrata para ampliar o leque de indicações de empregos dele”, disse. Leia mais no Tribuna da Bahia.