28 de abril de 2015 | 14:45

Elinaldo denuncia privatização da feira de Camaçari

bahia

O líder da oposição em Camaçari, Elinaldo Araújo, denunciou nesta terça-feira (28) a manobra da Prefeitura para privatizar a feira do município, através de uma PPP (Parceria Público-Privada) com a PiuInvest Empreendimentos e Incorporações S/A, empresa envolvida em suspeitas de irregularidades no Amazonas. De acordo com Elinaldo, com a privatização, os feirantes e a população serão prejudicados. “Por anos e anos a Prefeitura abandonou a feira. Agora, quer privatizar o espaço que sempre foi público. Com isso, os feirantes, que passam por dificuldades econômicas, terão de pagar aluguel e condomínio e os consumidores vão ter que pagar mais caro pelos produtos”, disse o vereador. O vereador disse também que considera no mínimo “estranha” a decisão da Prefeitura de entregar a PiuInvest a administração da feira. “Como isso pode acontecer se não houve licitação? A quem interessa passar a administração da feira para esta empresa? Será que não existem outras empresas que também poderiam administrar a feira? Por que a Prefeitura insiste com a PiuInvest? Não vamos aceitar essa manobra em hipótese alguma e, se preciso, vou recorrer à Justiça para barrar esse escândalo”, disse o vereador. De acordo com Elinaldo Araújo, a Prefeitura tem a obrigação de reformar o espaço e oferecer aos feirantes e consumidores uma área com mais conforto e segurança. “É inacreditável que uma cidade que arrecada mais de R$ 100 milhões por mês não tenha dinheiro para reformar a feira, um dos espaços públicos mais tradicionais de nossa cidade.” Elinaldo disse, ainda, que o pontapé para a privatização da feira foi dado por uma comissão formada por iniciativa da Prefeitura. “Eles fazem apenas o que o prefeito quer. Não vamos aceitar isso em hipótese alguma porque a privatização será prejudicial aos feirantes e clientes”, afirmou o vereador. Em fevereiro deste ano, por decisão da Justiça do Amazonas, a PiuInvest Empreendimentos deixou de administrar todos os estabelecimentos comerciais, quiosques, banheiros e espaços públicos do Complexo Turístico da Ponta Negra, uma das principais áreas de lazer de Manaus. A Justiça do Amazonas entendeu que o contrato da empresa era prejudicial às finanças públicas. “Como uma empresa que está enrolada no Amazonas pode explorar a feira de Camaçari?”, indagou Elinaldo.

Comentários