31 de maio de 2015 | 09:30

Em meio a escândalo de corrupção, medo toma conta dos dirigentes na Fifa

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Assim que e eleição de Joseph Blatter foi concluída na sexta-feira, no centro de convenções que recebia centenas de cartolas, cartazes foram colocados nos portões da Fifa informando aos participantes sobre os destinos dos carros oficiais: “aeroporto”.Desde que as operações do FBI foram realizadas no hotel de luxo que serve de base para a Fifa em Zurique e que terminou com a prisão de sete pessoas, dirigentes de todo o mundo não dormem bem e se apressaram para deixar a Suíça. “Eu não tenho nada a ver com isso. Mas sei de muita gente que se queixa de não estar conseguindo dormir”, declarou á reportagem um membro da Conmebol na condição de anonimato.Nenhum deles quer viver a mesma situação que José Maria Marin, Eugenio Figueredo e outros, acostumados a uma vida de luxo, suítes presidenciais, tratamento de chefe de Estado e privilégios. Agora, estão em uma prisão sem celular, com uma hora apenas de banho de sol por dia e uma comida correta, mas sem excessos.Apesar de a prisão usada ser uma detenção modelo, com banheiro privativo, a situação de Marin se contrasta com o hotel Baur au Lac onde se hospedava em quartos de mais de R$ 3 mil, salas no prédio de mármore e vidro de US$ 230 milhões da Fifa, das Mercedes negras com motoristas com luvas e um exército de meninas impecáveis que se ocupam de sorrir, carregar pastas e conduzir os dirigentes a suas reuniões.

Estadão Conteúdo
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