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Michel Temer se diferencia de Dilma em Nova York 21 de julho de 2015 | 19:13

Temer mostra ao mercado que é melhor que Dilma

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Vê-se logo a diferença entre Michel Temer (PMDB) e Dilma Rousseff (PT). O vice-presidente da República, coordenador político do governo, disse numa palestra em Nova York, nesta terça-feira, que manteria o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em um eventual governo seu. E recebeu de volta aplausos de uma audiência que incluía gestores de grandes fundos e instituições financeiras internacionais.

É tudo o que Dilma não consegue dizer com clareza. Aliás, tivesse noção da crise para a qual empurrou o país e das advertências que Levy tem feito sobre o estágio econômico e fiscal atual, Dilma não estaria dormindo nem pedalando. Pelo contrário, permaneceria focada em estratégias para fazer o Congresso votar o seu “arrocho fiscal” sem desvirtuá-lo um milímetro, o que, por debilidade, permitiu que o Parlamento fizesse.

O ministro da Fazenda sabe o que diz quando informa que não existe mais “colchão” no país para a manutenção dos gastos públicos no atual patamar, a que chegou-se antes da reeleição de Dilma e para reelegê-la, nem para a formulação de políticas anti-cíclicas, deixando claro que buscar reduzir a meta de superávit é brincadeira de quem não está conseguindo ver o abismo sob os pés.

Mas, como Alice no país das Maravilhas, a presidente da República, que se acha uma economista, parece não conseguir entender o ministro que foi forçada a convidar para ajudá-la a tirar o país do atoleiro. Se queria mostrar aos mercados  sumariamente que é mais inteligente e preparado do que a principal mandatária do país, Temer não poderia ter se saído melhor. Os comentários sobre ele já circulam no mundo.

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