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Sucessão de Eserval ocorrerá sob novos parâmetros, dizem desembargadores 27 de agosto de 2015 | 11:53

Clima na Justiça sob Eserval é péssimo

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Nem a votação do projeto de reajuste dos servidores do Judiciário, prevista para a próxima semana na Assembleia Legislativa, deve pôr fim à animosidade existente hoje entre a categoria e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Eserval Rocha, que labuta com uma greve de funcionários desde o último dia 30 de julho.

A queixa generalizada entre líderes do movimento é de que a intransigência, que consideram uma marca da gestão de Eserval à frente do TJ, tem contribuído bastante para a elevação da temperatura no órgão. Reservadamente, eles também consideram que o Tribunal demorou no envio do projeto de reajuste aos deputados.

Agora, a previsão é de que a matéria só entre na pauta na próxima terça-feira, depois de a bancada de oposição ter pedido vistas do projeto, alegando exatamente que não teve tempo para estudar a proposta. Enquanto isso, a população sofre com demandas cujo atendimento, tradicionalmente lento na Justiça baiana, só faz ampliar.

A demora para o fim do impasse tem sido motivo de queixas constantes dos advogados, igualmente prejudicados com a greve. Recentemente, o presidente da OAB na Bahia, Luiz Viana Queiroz, fez discurso defendendo o encerramento do conflito que deixa milhares de pessoas sem atendimento jurisdicional.

Uma sucessão de crises, a maioria atribuída, segundo se comenta no TJ, ao temperamento difícil de Eserval, terá marcado sua gestão no biênio 2014/2015. Por este motivo, as tratativas para a sua sucessão já se desenrolam abertamente no Tribunal sob a evocação de novos parâmetros para as eleições em novembro.

Um desembargador ouvido por este Política Livre argumenta que, “depois da gestão de Eserval”, o critério que deve predominar na escolha do novo presidente é a capacidade de diálogo com “os pares, os subordinados, os demais Poderes e a sociedade”, dando a entender que residiria aí um dos pontos fracos da atual gestão.

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