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Documentos mostram que INB demorou a informar a Prefeitura e os proprietários 24 de agosto de 2015 | 08:45

Força-tarefa vai apurar contaminação por urânio

bahia

Uma força-tarefa composta por órgãos federais e estaduais de saúde deve ser montada nesta segunda-feira, 24, para investigar e analisar os riscos da contaminação de água por urânio na região de Caetité e Lagoa Real, no sertão da Bahia, como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo” na edição de sábado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo, 23, que vai procurar a Superintendência de Vigilância Sanitária e Saúde da Bahia para tomar atitudes em relação ao consumo de água radioativa. O trabalho também deverá ter o apoio da Secretaria de Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde. O objetivo é auxiliar o órgão estadual de vigilância em um levantamento das situações de risco à saúde da população, identificando poços que possam ter água contaminada com alto teor de urânio. A Comissão Paroquial de Meio Ambiente (CPMA), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Associação Movimento Paulo Jackson, Ética, Justiça, Cidadania vão pedir ao Ministério Público Federal (MPF) na Bahia a instauração de uma ação contra a Indústrias Nucleares do Brasil (INB). “Após a admissão pública da contaminação da água por urânio na região de influência da mineração, esperamos que, finalmente, as autoridades competentes, especialmente Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e MPF, tomem as providências cabíveis, requeridas há tanto tempo pelas populações afetadas pela mineração de urânio na Bahia”, disse Zoraide Vilasboas, presidente da Associação Movimento Paulo Jackson.

Estadão
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