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Senadores Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) 27 de outubro de 2015 | 14:54

Exigências de Pinheiro e Lídice para enfrentar Neto

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Dando a eleição de 2016 como perdida para o prefeito ACM Neto (DEM), que aparece como favorito segundo as pesquisas de intenção de voto, políticos aliados ao governador Rui Costa (PT) passaram a condicionar sua participação na sucessão municipal do próximo ano a uma vaga na chapa do petista em 2018. É o caso dos senadores Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), que aceitariam ir para o “sacrifício” de disputar a Prefeitura, desde que o governador assegure a eles vaga na chapa com que concorrerá à reeleição.

Sem candidato natural no PT, a articulação política do governo estadual definiu como estratégia para enfrentar ACM Neto o lançamento de vários nomes como forma de tentar prolongar a disputa e vencê-lo no segundo turno. Lídice e Pinheiro, assim como a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) e o deputado estadual Pastor Isidório (sem partido) aparecem como alternativas, mas os dois primeiros estariam estabelecendo algumas exigências para aceitar o desafio. Lídice, por exemplo, saiu endividada da última campanha ao governo estadual.

Por isso, segundo se comenta no PT, teria colocado no pacote de exigências para disputar a Prefeitura uma ajuda para quitar o débito e ainda bancar o investimento da próxima candidatura. Já Pinheiro, não quer nem pensar na idéia de ficar sem mandato a partir de 2018. Esta seria a razão para que estivesse exigindo para enfrentar ACM Neto a garantia de que estará na chapa de Rui em 2018. Trata-se, no entanto, de um pedido difícil de ser atendido porque o PT já deve indicar duas vagas – além do governador, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) deve disputar o Senado.

“Não há como o PT indicar três vagas na chapa de Rui. Mesmo porque o governador deve enfrentar ACM Neto em 2018 numa campanha que não será fácil”, diz ao Política Livre um político de um partido aliado ao governo que acompanha o desenrolar das conversas no campo governista sobre 2016. Como, a menos que Wagner saia candidato à Presidência, o problema de Pinheiro poderia ser resolvido no PT, o senador tem se movimentado no sentido de abrir também um canal de comunicação com as oposições. Assim, poderia garantir a vaga na chapa do DEM.

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