10 de setembro de 2016 | 09:44

Após tropeços, governo Temer rediscute política de comunicação

brasil

O presidente Michel Temer reavalia sua política de comunicação e analisa formas de compensar os tropeços do início da gestão, marcada por declarações polêmicas de ministros e anúncios de reformas trabalhistas e previdenciárias que tiveram repercussão negativa nas redes sociais. O debate interno no Palácio do Planalto coincide com a abertura, nos próximos dias, de licitação para contratar as agências que farão as campanhas publicitárias do governo.No dia 20, a Secretaria de Comunicação realiza a primeira audiência pública para apresentar o edital de licitação de publicidade, com orçamento previsto de cerca de R$ 150 milhões por ano. Atualmente, o governo realiza suas campanhas por meio das agências Leo Burnett Tailor Made, Propeg e Nova/SB, contratadas ainda em 2012 pelo governo Dilma Rousseff.Ao assumir o poder, em maio, Temer teve de resolver uma crise provocada por aliados que disputavam o comando da Secretaria de Comunicação. Ele decidiu que o antigo assessor, o jornalista Márcio de Freitas, ocuparia o órgão. De lá para cá, Freitas estabilizou a área.Uma reviravolta na comunicação, porém, vai além da secretaria, avaliam interlocutores do governo. Isso porque, segundo eles, a maioria dos erros seguiu uma estratégia do núcleo político do Palácio do Planalto, que aposta em “balões de ensaios” – testes públicos para avaliar a reação a medidas duras.No mês passado, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou a proposta de um sistema de Previdência único, de civis e militares. A caserna reagiu e o governo, então, acabou abandonando a ideia.

Estadão Conteúdo
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