Foto: Estadão
10 de setembro de 2016 | 09:02

Fábio Medina afirma que governo quer “abafar a Lava-Jato”

brasil

O ex-advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, quebrou o protocolo ao ser demitido por telefone pelo presidente Michel Temer (PMDB). Normalmente, os ex-ministros saem agradecendo a oportunidade e elogiando os comandantes. Em entrevista à revista Veja, Medina deixa claro que as divergências com o ministro da Casa Civil Eliseu Padilha foram preponderantes para a sua demissão. “O governo quer abafar a Lava-­Jato”, afirmou. O advogado conta que as discussões começaram há cerca de três meses, quando pediu às empreiteiras do petrolão que ressarcissem o Erário pelo dinheiro desviado da Petrobras. Depois disso, Medina solicitou acesso aos inquéritos que fisgaram aliados graúdos do governo. Seu objetivo era mover ações de improbidade administrativa contra eles.No texto de apresentação da reportagem impressa os jornalistas escrevem ainda que a Polícia Federal enviou-lhe uma lista com o nome de catorze congressistas e ex-congressistas. São oito do PP (Arthur Lira, Benedito Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Piz­zolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira), três do PT (Gleisi Hoff­mann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza) e três do PMDB (Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes).

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