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05 de outubro de 2016 | 17:27

Para Solla, objetivo de programa Criança Feliz é criar “cabos eleitorais do golpe”

brasil

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) criticou as diretrizes do programa Criança Feliz, lançado nesta quarta-feira (5) pelo presidente Michel Temer, que tem como escopo a criação de uma nova atividade profissional, o “visitador”, para realizar visitas nas residências em que há crianças com idade de 0 a 3 anos. “É um agente comunitário de saúde paralelo. O governo é tão contra os agentes, que está criando um paralelo, chamando de visitador, pagando uma bolsa. Não confiam nos agentes comunitários, vetaram o dinheiro para a capacitação dos agentes comunitários de saúde e agora vão capacitar outra pessoa, outro cidadão, para fazer o papel de agente comunitário de saúde paralelo”, disse Solla, em pronunciamento no plenário da Câmara.Na segunda-feira, o governo federal vetou três artigos da LEI 13.342/2016, que tratava de benefícios aos agentes de saúde. Entre os benefícios aprovados no Congresso que foram vetados, estavam a destinação de recursos para qualificação profissional dos agentes, o pagamento de insalubridade nos casos devidos, e o artigo que colocava os agentes entre os beneficiários prioritários no programa Minha Casa, Minha Vida. “É um absurdo jogar os agentes comunitários de saúde de lado depois do que eles fizeram neste país, melhorando a qualidade de vida das nossas crianças. Nós temos em cada comunidade um agente comunitário de saúde para acompanhar as crianças de 0 a 3 anos. Não tem cabimento vetar a melhoria dessa categoria, pegar os recursos para criar outra atividade profissional bolsista, não concursado, para que? Para que seja pinçado um agente político para defender o governo golpista em cada comunidade? Só se for. Nós temos agentes comunitários preparados, capacitados, que já acompanham as famílias e as crianças. É um absurdo esse programa, serão cabos eleitorais do golpe”, completou.

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