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Janot e Renan 13 de dezembro de 2016 | 07:10

Depois de ‘doar’ R$ 800 mil a Renan, empreiteira recebe R$ 200 mi da Petrobrás, diz Procuradoria

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Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, 12, contra o presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB) o procurador-geral da República Rodrigo Janot aponta que a empreiteira Serveng, acusada de pagar propina de R$ 800 mil ao peemedebista via doações oficiais em 2010, nunca tinha auxiliado o PMDB antes do acerto com a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás envolvendo o suposto repasse de propinas a políticos peemedebistas. Após este acerto, os valores recebidos pela empresa da Petrobrás subiram mais de 380%. “Apenas no ano de participação na primeira licitação e de assinatura do primeiro contrato de vultos começaram a ocorrer doações dessa pessoa jurídica ao Partido revelando elementos iniciais que confirmam os depoimentos de que as ‘doações oficiais’ eram propina paga dissimuladamente”, assinala o procurador-geral da República na denúncia de 65 páginas. A partir de delações premiadas, inclusive do próprio ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, levantamentos das movimentações financeiras dos envolvidos e análises dos contratos da Serveng na Petrobrás, a Procuradoria-Geral da República destaca a coincidência entre os acertos da Serveng com políticos e o aumento exponencial dos contratos da empresa com a Petrobrás. Segundo levantamento feito pela Procuradoria-Geral da República, de 2003 a 2009, em sete anos, foram registrados pagamentos líquidos da Petrobrás às empresas do grupo Serveng no total de aproximadamente R$ 51 milhões. De 2010, ano da primeira doação da Serveng ao PMDB, até 2014, os valores subiram para aproximadamente R$ 197 milhões.

Estadão
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