Foto: Walter Pontes
Prefeito ACM Neto discursa em solenidade de posse na Câmara Municipal 01 de janeiro de 2017 | 19:55

Neto poupa Rui, mas mira em fracasso nacional do PT

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Na parte mais política do seu discurso de posse hoje na Câmara dos Vereadores de Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) mirou no PT e no fracasso de suas políticas econômica e administrativa para se diferenciar como político e administrador. Ao invés de tentar atingir o governador Rui Costa (PT), que terá como adversário em 2018 caso decida renunciar ao segundo mandato para disputar o governo, ele preferiu atacar a gestão petista no país, responsabilizando-a pela recessão em que o Brasil mergulhou.

“Recentemente, em nível nacional, vimos as consequências lamentáveis de assumir compromissos que não podem ser cumpridos, de tentar maquiar as contas públicas, de tentar esconder a real situação de nosso país, de mentir para as pessoas”, afirmou o prefeito, sem citar os nomes dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT, ao tentar montar uma espécie de fórmula para o sucesso de sua administração, na qual incluiu itens como capacidade de ouvir e dar consequência a pedidos e queixas e de dizer a verdade à população.

Para enfatizar seu compromisso com o controle fiscal em contraponto à prática petista, ele ressaltou que o maior legado de que se orgulha em relação ao primeiro mandato é o fato de Salvador estar hoje com as contas em dia “na contramão positiva do Brasil, enquanto Estados e municípios estão quebrados”. “Esse é um patrimônio da nossa cidade. Todos se lembram de como estava Salvador há quatro anos atrás, era uma cidade desrespeitada, que não podia firmar um convênio com a União. Hoje, somos ficha limpa e damos exemplo ao Brasil”, disse.

Prosseguindo na linha de crítica ao petismo, Neto disse que governar “em momento de crescimento é fácil, difícil é governar em momento de crise”, numa alusão claríssima aos anos dourados da gestão Lula, que surfou na onda de prosperidade mundial, mas legou ao país Dilma e a portentosa crise econômica que já tirou mais de 12 milhões de empregos. A fim de acentuar sua análise, Neto fez uma comparação entre a cidade que encontrou em 2013, quando assumiu seu primeiro mandato e o cenário econômico era de otimismo, e a de agora, mergulhada na crise.

“Nestes últimos quatro anos, convivemos com o agravamento da crise. O cenário de hoje é bem diferente do de quatro anos atrás, em 2013. Salvador estava muito pior, mas o Brasil, mesmo que artificialmente, estava muito melhor. Mas agora em 2017, o Brasil está muito pior, mas com orgulho a gente pode dizer que Salvador está muito melhor. O resultado de tudo isso são as inúmeras realizações e conquistas – a mais importante das quais, ao lado de muitas outras, seja a retomada dos espaços públicos pelas pessoas”, disse o prefeito.

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