Rui critica PEC dos Gastos e CPI do Centro de Convenções

O governador Rui Costa (PT) voltou a fazer duras críticas ontem à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 144/2015), que prevê que os deputados estaduais possam apresentar na Assembleia Legislativa da Bahia proposições que ‘oneram’ o Executivo, desde que os valores não ultrapassem o orçamento do Estado. A matéria é de autoria do deputado Luciano Ribeiro (DEM). Rui estendeu as críticas à oposição ainda pela proposta de criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) que pretente investigar o Centro de Convenções. “Eu ficaria mais feliz se alguém tivesse dando sugestão de bons projetos e boas ações que a gente pudesse melhorar a vida das pessoas. Porque se pensa assim: ‘Esse cara ganha tanto para ficar fazendo isso? Essa é a função dele e é isso que ele tem para contribuir com a minha vida?’”, criticou o governador em entrevista coletiva na cerimônia de convocação do Programa Primeiro Emprego. Rui Costa comparou a situação dos deputados estaduais com os federais que têm sido vaiados por terem votado a favor do projeto que libera a terceirização de forma irrestrita nas empresas, inclusive nas atividades-fim. O governador citou como exemplos específicos o episódio em que foram vaiados no final de semana os deputados federais baianos Jonga Bacelar (PR) e Mário Negromonte Junior (PP). “Eu acho que é importante que todos estejam sintonizados com a indignação da população. O povo está perdendo a paciência e quer que as coisas se resolvam”, afirmou Rui. O governador disse que tem conversado com deputados de sua base na Assembleia, mas ponderou que alguns deles compõem a base do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara. “Estou conversando, chamando a atenção para que estejam sintonizados com as vozes das ruas. Não precisa ter unanimidade para votar projetos, mas é necessária a discussão”. Sobre a reforma da Previdência proposta por Temer, cuja tramitação está na Câmara dos Deputados, Rui disse que não tem “nenhum desconforto” em tratar o tema pelo fato de servidores estaduais e municipais terem ficado de fora das novas regras, conforme decisão do presidente para facilitar a votação da matéria pelo Congresso. “Não sou contra mexer em coisas que precisam ser modificadas. Eu mudei a Previdência da Bahia. Nós temos uma nova Previdência no Estado. Nós temos que ter transparência, olhar no olho das pessoas e dizer o que é necessário. E ter argumento para convencer as pessoas”. Leia mais na Tribuna da Bahia.