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Temer e Dilma 11 de abril de 2017 | 07:05

Delator relata compra de apoio do PDT na chapa Dilma/Temer a mando de Odebrecht e Mantega

brasil

O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis afirmou em seu depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cuidou do repasse de R$ 4 milhões ao PDT, na campanha de 2014, a pedido de Marcelo Odebrecht e do ex-ministro Guido Mantega. O objetivo era comprar o apoio do partido à Chapa Com a Força do Povo, encabeçada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em especial, ao tempo de TV da legenda. “A missão que me foi dita, na época, era entre 4 e 7 milhões de reais. Que fosse oferecido ao PDT para esse propósito especificamente”, afirmou Reis, ouvido no dia 2 de março. Um dos 78 delatores da Odebrecht, Reis falou como testemunha na ação contra a chapa presidencial Dilma Rousseff (PT), presidente, Michel Temer (PMDB), vice, de 2014, ao ministro do TSE Herman Benjamin. “O Alexandrino (Alencar) me disse que havia um pedido do ministro Guido Mantela para que a Odebrecht consolidasse um apoio financeiro a determinados partidos, de forma que esses partidos confirmassem a sua participação na coligação, garantindo a eles, então, o tempo de televisão. E que ele, Alexandrino Alencar, estaria encarregado de vários desses partidos, mas que existia um dos partidos que, pelas relações sindicais que a Odebrecht Ambiental tinha e pela sua dispersão, ele não tinha contato com o partido PDT.” “Eu recebi, possivelmente deve ter sido em junho de 2014, uma mensagem do Marcelo Odebrecht, que era o presidente da Odebrecht S.A., para que eu procurasse o Alexandrino Alencar que era o diretor de relações institucionais da Construtora Norberto Odebrecht. Marcelo me disse – possivelmente que eu me lembrem numa ligação telefônica -: ‘Olha, procure, por favor, o Alexandrino Alencar.” O dinheiro seria para compra do apoio do partido à chapa presidencial de Dilma e Temer, especialmente para a aquisição do tempo de TV que o partido detinha.

Estadão
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