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Eike Batista 11 de abril de 2017 | 06:45

Gilmar Mendes nega pedido de liberdade feito por Eike Batista

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou estender ao empresário Eike Batista a liminar que deferiu na semana passada em favor de Flávio Godinho, executivo do grupo EBX, holding do empresário. Gilmar rejeitou o argumento de que a situação entre os dois era a mesma. “Eike Fuhrken Batista é apontado como o mandatário dos supostos atos de corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução executados por Flávio Godinho. Isso indica não apenas maior culpabilidade, mas também perigo maior de reiteração em crimes e atos contrários ao desenvolvimento da instrução”, afirmou Gilmar Mendes no despacho desta segunda-feira, 10. O ministro também disse que há suspeita concreta de que Eike “teria reiterado atos de corrupção e lavagem de dinheiro, ao contrário de Flávio Godinho, supostamente envolvido em um único ato”. Acrescentou haver indícios de que Eike Batista pertenceria a organização criminosa. Gilmar Mendes fez a ressalva de que “o acerto ou não da decisão que decretou a prisão preventiva do paciente deverá ser discutido nas vias próprias, com ênfase nas circunstâncias pessoais do requerente”. Na quarta-feira passada, 5, o ministro suspendeu a prisão preventiva de Godinho, que, além de ter sido braço direito de Eike, era vice-presidente de futebol do Flamengo. Tanto Eike Batista como Flavio Godinho foram presos na Operação Eficiência, deflagrada no dia 26 de janeiro, em um desdobramento da Calicute, operação da força-tarefa da Lava Jato sediada no Rio que culminou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em novembro de 2016. Godinho foi preso no dia 26 de janeiro e Eike, apenas no dia 30, pois estava no exterior. No dia 8 de março, a primeira turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou um pedido de habeas corpus de Eike.

Estadão
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