Foto: Divulgação
O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, delatores da Operação Lava Jato 11 de maio de 2017 | 19:31

Marqueteiros dizem que Dilma avisou sobre prisão

brasil

O marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, delatores da Operação Lava Jato, contaram ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a troca de informações com a ex-presidente Dilma Rousseff a respeito do avanço da Lava Jato. Os dois detalharam a criação de um e-mail em comum com a petista no qual eram avisados sobre a investigação. Mônica disse aos investigadores em sua delação que Dilma ligou para a República Dominicana, onde o casal estava, para avisar João Santana que ele e a mulher seriam presos. A ligação teria sido feita em 21 de fevereiro do ano passado. O casal foi alvo da 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada no dia seguinte. Na delação, Santana e Mônica apontam que Dilma mostrava preocupação com o avanço das investigações. No anexo, Monica Moura relata que estava de férias em Nova York em novembro de 2014 quando recebeu ligação do então ministro Edinho Silva, que avisou que Dilma queria falar pessoalmente de forma urgente. A empresária pegou um voo à noite, partindo dos Estados Unidos para Brasília e foi recebida no aeroporto por Giles Azevedo, assessor de confiança da então presidente. No Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República, conversou com Dilma no jardim. De acordo com o anexo entregue ao MPF, “a presidente estava preocupação que as investigações chegassem à conta da Suíça de Monica Moura e João Santana no exterior, o que a colocaria em perigo, porque sabia que a Odebrecht tinha realizado o pagamento de suas campanhas através de depósitos de propinas na conta do casal”. Dilma teria dito a Mônica: “precisamos manter contato frequente de uma forma segura para que eu lhe avise sobre o andamento da operação, estou sendo informada de tudo frequentemente pelo José Eduardo Cardozo (então ministro da Justiça)”. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
Comentários