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10 de junho de 2017 | 08:46

Otto critica Gilmar Mendes e questiona postura do TSE

bahia

O senador Otto Alencar (PSD) comentou ontem o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e criticou o que ele chama de “estrelismo” do presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes. O presidente do PSD na Bahia afirmou que o ministro se comporta como um “advogado” do presidente Michel Temer (PMDB). “Se por um acaso o processo fosse exclusivamente para cassar Dilma, passaria tranquilo. Mas como tem Temer… Temer nem precisa contratar advogados, todos já estão lá no TSE”, alfinetou.O parlamentar baiano acredita que o ministro supostamente tem um lado e lembrou que “juiz tem que falar nos autos”. “Basta olhar a militância política dele [Gilmar Mendes]. Nas gravações, Aécio [Neves] pede pra ele ligar para o Flexa Ribeiro, e eu confirmei isso, pedindo para aprovar o projeto de abuso de autoridade. Gilmar dá entrevista toda hora, disse que o colega Herman Benjamin é falacioso. Já chegaram quatro pedidos de impeachment contra Gilmar”, acrescentou. Em maio, logo quando o escândalo das gravações da JBS estourou, o senador baiano pediu a saída imediata do presidente da República. “É um momento delicado e difícil, mas a minha posição pessoal é do impeachment do Temer, porque segundo informações, as denúncias são gravíssimas”, disse. “Eu disse que Temer não era a solução do Brasil. Essa foi uma tragédia anunciada. Todos sabiam de problemas sérios com Temer. [Eduardo] Cunha é da cozinha dele”, acrescentou.Em entrevista à Tribuna, ele chegou a dizer que temia uma “convulsão social” no Brasil. O senador também disse que acredita que nenhuma das reformas propostas pelo Planalto têm condição de prosperar no momento. “Eu acho difícil passar qualquer reforma no Congresso. Temer não tem legitimidade nenhuma para fazer nada. São quatro assessores dele flagrados em corrupção com mala de dinheiro. Quatro assessores especiais que entram no gabinete dele sem bater na porta. Gente de intimidade dele. Será que ele não sabia que os quatro eram ladrões?”, questionou no dia 25.

Tribuna da Bahia
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