20 de dezembro de 2017 | 15:00

Gleisi apresenta alegações finais em ação penal no Supremo

brasil

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, apresentou as alegações finais de sua defesa em ação penal que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Gleisi é ré pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em processo junto do ex-ministro Paulo Bernardo (PT), seu marido, também réu na ação. A senadora nega que tenha cometido os delitos e pede absolvição alegando inexistência de elementos ou provas conclusivas contra ela.A acusação contra Gleisi é baseada nas delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, feitas no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo eles, em 2010, R$ 1 milhão do esquema de propinas da Petrobras foi destinado à campanha eleitoral da petista ao Senado. O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) também corrobora, em delação, com os depoimentos do doleiro e do ex-diretor.Segundo a defesa da senadora, os relatos dos delatores são contraditórios e a própria documentação entregue por eles inviabiliza as teses levantadas. No documento, os advogados afirmam que, já no recebimento da denúncia, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), a Segunda Turma do STF tinha identificado falhas nas delações premiadas que embasaram a acusação. A defesa também alega que o suposto pagamento feito por Paulo Roberto Costa e Youssef não tinham motivação para ocorrer, uma vez que, em 2010, “a senadora Gleisi Hoffmann não ocupava nenhum cargo público e tampouco gozava da ‘proeminência’ que lhe é atribuída, pois vinha de um hiato de anos na política”.A “arrecadação superavitária” da campanha de Gleisi para o pleito também é citada pela defesa como sinalização de que a senadora não tinha necessidade de adotar “métodos escusos de angariação de contribuições”. Os advogados completam dizendo que as contas da campanha foram aprovadas pela corte eleitoral.A defesa de Paulo Bernardo também protocolou nesta terça-feira, 19, as alegações finais, negando os crimes e pedindo pela absolvição.

Estadão
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