Foto: Adriano Machado / Reuters
Paulo Maluf 26 de dezembro de 2017 | 06:40

Na véspera do Natal, carta de neto emociona Maluf na Papuda

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A leitura de uma carta de um neto foi o único contato que o deputado federal Paulo Maluf teve com a família no domingo, 24, véspera do Natal. “Ele ficou absolutamente emocionado”, disse o advogado Antonio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay, que leu a carta para o cliente. O advogado conta que o ex-prefeito não teve permissão para ficar com a carta. Maluf teve na noite de Natal um jantar composto de arroz com passas, tutu de feijão, carne assada e batata, como os demais custodiados do CDP. Este foi o cardápio ofertado aos presos da Ala A, Bloco 5, do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, onde ele se encontra desde sexta-feira. O almoço de Natal, no dia 25, contou com arroz colorido, feijão em caldo, frango assado e purê de cenouras. Nas duas refeições natalinas, para beber, havia suco de frutas. Advogados se revezaram nas visitas feitas a Maluf nos dois dias. Segundo Kakay, o ex-prefeito de São Paulo está sendo bem tratado, mas tem sofrido com as más condições de saúde. O advogado afirma que Maluf tem necessitado da ajuda dos colegas de cela — cerca de quatro — para ir ao sanitário. Para haver a visita de parentes, é necessário concluir um cadastro de pessoas na lista de cada detento, processo que leva alguns dias. Para presos classificados como vulneráveis, no CDP, como o deputado, as visitas são permitidas apenas nas sextas-feiras. Não houve alteração em função do feriado natalino. A defesa, no entanto, afirma ter a esperança de que antes da próxima sexta ele já consiga decisão favorável na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para passar deixar o regime fechado e seguir para a prisão domiciliar. O pedido da domiciliar será analisado pelo juiz Bruno Aielo Macacari após o recebimento da perícia médica completa que pediu sobre o estado de saúde do deputado. O prazo determinado para entrega do laudo completo se esgota nesta terça-feira, dia 26. A defesa espera decisão no mesmo dia. “Ele está sendo bem tratado na Papuda, e não tem reclamação nem da direção nem de seus colegas de sala nem de tratamento das pessoas que tomam conta dele. A questão é ver o que vai acontecer, se ele resistirá. Porque é muita responsabilidade de um médico falar que ele tem condições de ser tratado lá. Com é que pode ser tratado um cidadão que não levanta da cama sozinho, que não consegue tomar um banho sozinho?”, disse Kakay.

Estadão
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