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Diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro 02 de março de 2018 | 06:50

Galloro vai focar no crime organizado

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Com a posse marcada para esta sexta-feira, 2, o novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, convidou para formar a cúpula da instituição delegados que são especialistas em combate ao crime organizado. A expectativa na corporação é de que, com o novo comando, a PF consiga ser a protagonista na atuação contra as organizações criminosas ligadas ao narcotráfico e a desvios de dinheiro público dentro da nova formatação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Delegado federal há 23 anos, Galloro é visto como de perfil técnico, com maior afinidade para cargos administrativos. Antes de ser diretor executivo na gestão de Leandro Daiello, Galloro foi superintendente em Goiás, diretor de Administração e Logística e adido policial nos Estados Unidos. Durante a gestão de Daiello, o novo diretor-geral atuou como coordenador das forças da PF na Copa de 2014 e na Olimpíada de 2016. Desde 2017, quando assumiu a Secretaria Nacional de Justiça, ele também integra o Comitê Executivo da Interpol. Galloro é apontado por delegados como um gestor discreto cuja principal característica é a capacidade de ouvir e criar consenso. O novo diretor não tem passagens em grandes operações, mas é lembrado pela atuação ativa em cargos administrativos da PF. Para chefiar a Diretoria de Inteligência Policial, Galloro convidou Umberto Rodrigues, ex-superintendente em Goiás. Rodrigues está há 14 anos na PF. Na corporação, integrou a delegacia de repressão ao tráfico de entorpecentes no Amazonas. Entre 2011 e 2013, atuou como subsecretário de Segurança no Amazonas. Para defender sua tese de mestrado, o novo chefe da Inteligência analisou todos os inquéritos instaurados pela PF do Amazonas entre os anos de 2011 e 2013. Rodrigues é um estudioso do tráfico de drogas na Região Norte, em especial no Amazonas. Sede de uma das maiores facções do Brasil, da Família do Norte (FDN), a área é a principal rota de entrada de cocaína do País e alvo da disputa entre os grupos Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).

Estadão
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