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Presidente do PSB, Carlos Siqueira 02 de março de 2018 | 06:40

Siqueira diz que Temer formou ‘quase uma quadrilha’ no governo

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Com críticas ao governo do presidente Michel Temer, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, deu início ao congresso nacional da legenda nesta quinta-feira, 1. “Temer formou o pior governo da história do Brasil. Ele não montou um governo, montou quase uma quadrilha”, disse. Em sua fala, Siqueira afirmou que o partido “convidou” os deputados pró-Temer a saírem da legenda por não concordar com atual governo “conservador” e “de retrocessos”. Ele também fez críticas à reforma da Previdência e comemorou o fato de ela não ter sido aprovada. O congresso do partido foi pensado para marcar a volta do PSB ao campo da esquerda. Um dos homenageados foi o norte-americano Noam Chomsky, apresentado como um dos grandes críticos ao sistema capitalista. Siqueira também negou que o partido está dividido. Sem a figura de Eduardo Campos, morto em 2014, o PSB ainda não decidiu quem vai apoiar na corrida pela Presidência. Uma ala do partido defende aliança com o PT, outra com o PSDB e há quem trabalhe pelo lançamento de uma candidato próprio, que poderia ser o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Com a desistência do vice-governador de São Paulo, Márcio França, de disputar o comando da legenda, o PSB deve reconduzir Siqueira à presidência no próximo sábado. “Eu jamais disputaria com França”, afirmou. O vice trabalha para receber o apoio do governador Geraldo Alckmin na eleição em São Paulo e é um defensor de que o partido apoie o nome do tucano ao Planalto. Como mostrou o Estado nesta quinta, o PSB não descarta a possibilidade de ficar neutro na disputa presidencial e dar prioridade às eleições para os governos estaduais. Siqueira, no entanto, defendeu que diante da crise pela qual passa o País e de nomes como o do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) estarem em segundo lugar na pesquisa, o partido precisa se posicionar e unir com outras legendas para impedir que esse “horror político” vença as eleições.

Estadão
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