27 de abril de 2018 | 15:48

Valmir critica situação do país pós-impedimento: “Os pobres estão pagando a conta”

brasil

Aumento da pobreza, diminuição dos serviços gratuitos, contenção de gastos com políticas sociais e agrárias, cortes na saúde, educação e nos direitos trabalhistas, instabilidade no preço dos combustíveis, além de aprovação de medidas e projetos com a ajuda do Congresso Nacional que facilitam a entrega de recursos naturais, empresas e riquezas do país. Assim é descrito o cenário sociopolítico brasileiro, pós o impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), pelo deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) nesta sexta-feira (27). Com base em pesquisas recentes, Assunção salienta que o povo pobre de periferia e os moradores de cidades pequenas e do campo são os mais afetados. Uma das maiores preocupações de Valmir é o retorno do Brasil ao mapa da fome da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele frisa que, no ano de 2014, com uma redução de 82,1% do número pessoas subalimentadas, proporcionado pelos governos do PT, o país conseguiu sair do mapa da fome, mas que em menos de quatro anos, “o golpe impôs uma agenda perversa e retroagiu na questão”. Cortes em benefícios e programas sociais resultaram na retirada de 1,1 milhão de famílias, cerca de 4,3 milhões de pessoas, a maioria crianças do Bolsa Família. “Com o aprofundamento da crise pela política econômica, cresceu o desemprego e vieram mais cortes. Os pobres estão pagando a conta. A situação é caótica, isso tudo atrelado ao ódio que ficou do povo. Desde o golpe de 2016 contra Dilma, a vida do povo pobre piorou muito. Se antes tínhamos poder de compra, hoje devemos, pois os cortes em programas sociais foram acentuados. Alguns, como o de obtenção de terras e o PAA tiveram cortes de até 80%”. Para Valmir, o país ‘pós-golpe’ é comparável aos piores anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “O investimento público do governo Michel Temer [MDB] despencou após o golpe. O país teve, em 2017, a menor taxa de investimento dos últimos 15 anos. E até as organizações Globo mostram isso”. O deputado petista frisa que obras importantes de infraestrutura do governo federal estão paradas por falta de recursos e que a estagnação pode arruinar o desenvolvimento de quase duas décadas. “O país segue para fechar o ano com as piores taxas de investimentos dos últimos 15 anos. Durante os governos petistas de Lula e Dilma, as taxas se mantiveram altas, ano após ano, mesmo em períodos de crise”, aponta. Valmir também salienta o preço do gás de cozinha e o aumento do uso da lenha e do carvão para cozinhar, já que o preço do combustível está alto. “Por exemplo, um botijão de gás na grande São Paulo custa R$68. Como é que uma família que ganha Bolsa Família, em média R$120, vai conseguir sobreviver?”. O deputado também diz que a falta de acesso ao botijão de gás representa a precarização nas condições de vida, além de aumentar o risco de acidentes e prejuízos ambientais.

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