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O apresentador José Luiz Datena 28 de junho de 2018 | 16:37

Na estreia como candidato, Datena critica segurança pública e enquadra aliado

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O apresentador José Luiz Datena mal se lançou na política e já mostrou que não vai economizar no discurso, mesmo que isso signifique questionar diretamente a gestão de seus próprios aliados. Em sua estreia ao microfone como candidato ao Senado pelo DEM, Datena não economizou nas críticas à segurança pública citando especificamente a situação observada em São Paulo, Estado governado há décadas pelo PSDB João Doria e Geraldo Alckmin. “O crime organizado no Brasil, e mais especificamente o PCC, criado em São Paulo, é a organização criminosa que mais cresce no mundo inteiro. Se é a que mais cresce, significa que o sistema de segurança pública de São Paulo, do Brasil, está falido”, afirmou Datena. O apresentador vai integrar a chapa encabeçada pelo próprio Doria, ex-prefeito de São Paulo. Datena disse estar presente na cerimônia “a contragosto pra caramba”, por conta da morte do empresário do setor de restaurantes Toninho Buonerba, de quem é amigo. Mas explicou que não abria mão de cumprir um compromisso com a família e os eleitores. “Vocês podem ter um político de péssima qualidade, uma porcaria de político, mas vão ter um cara que vai ser honesto com vocês”, acrescentou. “Estamos fartos de mentira. Queremos acreditar que essa classe política chegou ao limite e que façam desse País um grande País, pensando do povo e para o Povo, e não do bolso e para o bolso”, destacou em outro trecho do discurso. O apresentador disse que aceitou estar ao lado de “tanta gente que mete o pau” porque, apesar disso, existem bons quadros em todo lugar. “Se a gente não acreditar nisso, o próximo passo vai ser um regime de exceção”. Mas deixou claro que não pretende mudar seu jeito. “Tem cara que faz parte da coligação e que me odeia.”

Estadão
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