Foto: Ricardo Moraes / Reuters
Ernesto Araújo 11 de janeiro de 2019 | 07:10

Chanceler reformula Itamaraty e cria Secretaria de Soberania Nacional

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reformulou a estrutura do Itamaraty, criou a Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania – tema de discursos e artigos dele – e permitiu que cargos de assessores especiais do chanceler sejam preenchidos por pessoas de fora da pasta. As modificações estão previstas em decreto publicado nesta quinta-feira, 10, no Diário Oficial da União, que entra em vigor a partir de 30 de janeiro. O documento é assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo chanceler e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o texto, a secretaria de soberania ficará responsável por prestar assessoria nas questões de política externa relativas, entre outros, a política imigratória, defesa, ilícitos transnacionais, meio ambiente e direitos humanos. Ela será dividida em seis departamentos, entre eles os que tratam de Segurança e Justiça, Nações Unidas, Meio Ambiente e Direitos Humanos e Cidadania. Já a Secretaria de Política Externa Comercial e Econômica terá outros seis departamentos que englobam a promoção do Agronegócio, Serviços e Indústria, e Energia, Recursos Minerais e Infraestrutura. Entre as competências do ministério está destacada a promoção do comércio exterior, de investimentos e competitividade internacional, área em que está inserido o trabalho da Agência de Promoção e Exportações do Brasil (Apex). Alex Carreiro, que havia sido nomeado para a presidência da Apex, foi a primeira baixa num posto de comando do governo Jair Bolsonaro desde que o presidente tomou posse, há dez dias. Carreiro, que foi demitido nesta quinta-feira por Bolsonaro, será substituído pelo embaixador Mario Vilalva. Carreiro desafiou o ministro das Relações Exteriores, que havia anunciado a exoneração no dia anterior, e trabalhou normalmente nesta quinta-feira com a alegação de que só Bolsonaro poderia demiti-lo. O episódio gerou desgaste para Araújo.

Estadão
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