Foto: Fernanda Chagas / Política Livre
A base governista, que possui 31 integrantes, precisava de 29 votos, mas obteve apenas 26 02 de outubro de 2019 | 17:41

Expondo divisão na base, PPI é aprovado com votos da oposição e de bloco independente

salvador

A Câmara de Salvador aprovou, na tarde desta quarta-feira (2) o projeto de autoria do Executivo que institui o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI) do Imposto para o Imposto de Transmissão de Intervivos (ITIV). Porém, isso só foi possível pela colaboração de seis vereadores da oposição e do bloco independente, já que a base governista, apesar de possuir maioria, não possuía os 29 votos necessários para validar a matéria, mas apenas 26.
A polêmica, além de reforçar a divisão da base há muito propagada por este Política Livre, credenciou o presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (SD), como autor da aglutinação de votos e novamente por ser o responsável por ‘corrigir” mais uma fragilidade na atuação do líder do governo, Paulo Magalhães (PV), liderado, por sua vez, pelo prefeito ACM Neto (DEM).

Ainda que em meio a protestos, pela rejeição de quatro emendas apresentadas em plenário pelo líder da oposição, vereador Sidinho (Podemos), Geraldo Júnior conseguiu trazer para o seu lado, além do próprio Sidninho, Silvio Humberto (PSB), Toinho Carolino (Podemos), Carlos Muniz (Podemos), José Trindade (sem partido) e o pessedista Edvaldo Brito. Votaram contra os oposicionistas Marcos Mendes, Aladilce, Marta Rodrigues, Suíca e Ana Rita Tavares.

Contudo, os protestos não foram apenas dos integrantes do grupo contrário, que hoje não hesitaram em externar suas insatisfações de forma pública.
A largada foi dada por Téo Senna. Segundo ele, é preciso que a base de governo que tem benefícios de bancada cumpra seu papel, em especial na hora de se votar. “E cabe ao líder verificar o que está ocorrendo com o grupo”, enfatizou. Téo foi seguido por Carballal (PV), que admitiu que: “Não tínhamos os 29 votos para aprovação dessa matéria e o apoio dos colegas de oposição e do bloco independente foi fundamental”. O ex-líder de governo em referência ao presidente disparou que este o é motivo porque é necessário seguir o líder, para em seguida elogiar Paulo Magalhães Júnior.

Uma das emendas apresentadas por Sidninho reivindicava que o contribuinte, ao efetuar o pagamento parcelado em 48 vezes tivesse o abatimento em 65% dos honorários advocatícios. Outra, instituía que ao efetuar o pagamento de parcela única o contribuinte teria o abatimento de 100% dos honorários.

Fernanda Chagas
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