06 de outubro de 2019 | 08:36

Premiê socialista cai nas pesquisas, mas deve vencer eleição em Portugal

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Antes previstas como uma vitória avassaladora para o Partido Socialista, as eleições gerais em Portugal, que acontecem neste domingo (6), devem ter um resultado bem mais modesto para a legenda, que governa o país desde 2015.
António Costa deve seguir como premiê, mas ainda sem maioria e dependendo de outros partidos para governar.
Um escândalo envolvendo um ex-ministro da Defesa em um caso de roubo de armas do Exército abalou as intenções de voto nos socialistas.

Divulgada na última sexta (4), a pesquisa Expresso/SIC mostra que os socialistas perderam força em setembro, caindo quatro pontos percentuais e estacionando em 38%. Principal partido da oposição, o PSD (direita) subiu cinco pontos no mesmo período, acabando com 28%. A diferença entre os dois partidos baixou de 19 pontos, no início de setembro, para 10 pontos.

Impulsionada pela recuperação econômica, pelo desemprego mais baixo em mais de uma década (6,3%) e pela reversão de medidas de austeridade, a popularidade do primeiro-ministro parecia levá-lo a um sucesso inédito nas urnas. Pesquisas chegaram a posicioná-lo perto de uma maioria absoluta no Parlamento. O cenário mudou a menos de duas semanas das eleições, quando o Ministério Público português indiciou o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes (2015-2018), além de vários nomes da cúpula militar.

O grupo é acusado de ter ajudado a encobrir responsabilidades em um roubo de armas do paiol do Exército em Tancos, ocorrido em 2017. Segundo os promotores, a Polícia Judiciária Militar teria encenado uma operação de recuperação das armas roubadas quando, na verdade, a devolução do armamento teria sido combinada com os militares responsáveis pelo crime.

Folhapress
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