Foto: André Dusek/Estadão
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica 07 de novembro de 2019 | 15:54

Governo eleva projeção oficial do PIB de 0,85% para 0,9%

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O Ministério da Economia elevou a previsão oficial para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2019 de 0,85% para 0,9%. Para 2020, a projeção passou de 2,17% para 2,32%. A visão expressa pela equipe econômica nas últimas semanas era que fatores como a liberação dos saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) levariam a uma melhora nas previsões em novembro para os atuais 0,9%.

Na visão da pasta, os dados também têm mostrado que os investimentos privados têm sido favorecidos pela melhora no ambiente de negócios decorrente do processo de ajuste nas contas públicas e da queda dos juros. “Estamos em um processo de recuperação fiscal onde a redução do gasto público favorece o crescimento econômico”, afirmou Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica. “O setor privado já mostra um sinal de dinamismo. Antes você tinha um governo liderando o crescimento econômico, que agora é liderado pelo setor privado”, disse.

O secretário disse acreditar em uma surpresa positiva para a atividade no ano que vem. “Os dados mostram hoje que, de maneira consistente, estamos retomando um crescimento de longo prazo de forma sustentável”, afirmou. As declarações sobre a retomada de investimentos contrastam com os eventos mais recentes que testaram a disposição de aportes de empresas no país. Dois leilões de petróleo feitos pelo governo nesta semana, o da cessão onerosa na quarta-feira (6) e da 6ª rodada de partilha do pré-sal nesta quinta (7), acabaram sem propostas de consórcios liderados pela iniciativa privada.

Apenas três das nove áreas ofertadas foram arrematadas e, ainda assim, pela estatal Petrobras (sozinha ou liderando consórcios com participação minoritária de chineses). Sachsida ponderou afirmando que é preciso averiguar as causas da ausência de propostas privadas nos leilões recentes. “Temos que olhar se o desenho do leilão foi o mais adequado e o quanto a questão da partilha [modelo em que parte da produção é compartilhada com a União] está afetando”, disse.

Folhapress
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