Foto: Reprodução Globo News
Lula e a namorada no momento de sua libertação da cela da Polícia Federal, onde ficou 580 dias 12 de novembro de 2019 | 10:48

Quem ganha e quem perde na Bahia com o ex-presidente Lula livre

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Petistas fazem um cálculo rápido sobre quem ganha e quem perde na Bahia com a soltura do ex-presidente Lula. Sai-se bem, com a perspectiva de concretizar o sonho de virar governador de novo, o atual senador Jaques Wagner, o “galego” de Lula. A mesma sorte, avaliam, não terá o governador Rui Costa (PT).

Eles lembram que, num movimento mal planejado, a revelar pouca informação sobre a conjuntura que se delineava, Rui decidiu colocar a cabeça para fora como virtual candidato a presidente, desprezando o movimento “Lula Livre”, o que irritou o ex-presidente e o colocou no fim da fila para o projeto presidencial petista.

Hoje, ele deve se contentar em cumprir o mandato de governador até o fim com o propósito de promover uma passagem tranquila a Wagner para o governo. Outro que, na visão dos petistas, ficaria numa situação mais difícil para disputar o governo seria o prefeito ACM Neto (DEM), cujos planos de concorrer em 2022 são conhecidos.

Para essa turma, pelo fato de não ter disputado a sucessão em 2018, Neto teria deixado de acumular um capital político que o ajudaria imensamente na hora de enfrentar um Wagner empoderado pelo amigo Lula, principalmente se o ex-presidente, como estimam os petistas, estiver livre e solto até lá.

No campo municipal, considerado mais delicado pelos petistas, cálculos sobre a repercussão da libertação de Lula são feitos e refeitos, mas em geral apontam para o fortalecimento das candidaturas petistas e dos nomes que, eventualmente, o partido vier a apoiar, com uma mãozinha do ex-presidente.

Rega esta visão o convencimento dos petistas de que, ao invés de continuar sua rota de declínio, deflagrada pela Lava Jato, a imagem da sigla pode retomar o charme que já teve, paralelamente ao processo de enfraquecimento da maior operação contra a corrupção já realizada no país, cuja falência o STF decretou ao julgar contra a prisão em segunda instância.

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