Foto: Dida Sampaio/Estadão/Arquivo
Ex-ministro Geddel Vieira Lima está preso em Salvador desde dezembro do ano passado 07 de abril de 2020 | 13:10

Para facilitar indicação de Geraldo Jr. a vice de Bruno, Geddel se desfilia do MDB

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Além de seu irmão, Lúcio, que anunciou estar se desligando da vida pública, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também assinou sua ficha de desfiliação do MDB, segundo relatos, com lágrimas nos olhos.

O documento foi entregue ao ex-ministro por seu advogado no Centro de Observação Penal, presídio de passagem para o qual foi transferido em Salvador desde dezembro do ano passado.

O MDB foi o único partido da vida de Geddel, onde construiu sua carreira política vitoriosa até o episódio da prisão, em 2017, depois da descoberta do bunker de R$ 51 milhões atribuídos a ele.

A iniciativa é a maior prova de que o presidente da Câmara Municipal, Geraldo Jr., está disposto a lutar pela indicação de vice na chapa do atual vice-prefeito Bruno Reis (DEM), apoiado por ACM Neto (DEM).

Ela foi combinada entre os irmãos e ele para vencer a resistência de ACM Neto a qualquer tipo de aproximação formal de seu candidato com o MDB da Bahia.

A aversão de Neto à legenda, por causa da associação do sobrenome Vieira Lima a investigações de corrupção, foi descoberta durante a pré-campanha ao governo, em 2018, a qual o prefeito resolveu não disputar.

Uma das exigências de Neto fora a de que o MDB só fizesse parte da coligação de partidos que o apoiariam à sucessão estadual se Lúcio se desligasse oficialmente da agremiação.

Agora, decididos a entregar o comando da sigla a Geraldo Jr., que deve assumir, inclusive, a presidência do partido no plano estadual, os Vieira Lima tomam a iniciativa com antecedência exatamente para lhe evitar constrangimentos.

Por decisão de Bruno e do prefeito, Geraldo Jr. poderia escolher entre ser indicado candidato a vice ou ter o apoio à presidência da Câmara na próxima legislatura.

A proposta fora feita, no entanto, muito antes de sua mudança do Solidariedade para o MDB, na última sexta-feira, por exigência da legislação eleitoral, quando PDT e Republicanos se mostraram opções inviáveis de filiação.

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