Live: Bruno Reis pontua falhas de Bolsonaro em meio à pandemia e sugere comissão para discutir ações

Pré-candidato à Prefeitura de Salvador pelo Democratas, o vice-prefeito e secretário Bruno Reis criticou, em uma live promovida por este Política Livre nesta quarta-feira (20), a falta de coordenação do presidente Jair Bolsonaro em meio à pandemia.

No bate-papo online conduzido pelo editor Raul Monteiro na noite de ontem, a aposta do prefeito ACM Neto (DEM) para as eleições municipais apontou algumas falhas do chefe do Palácio do Planalto durante a crise.

Bruno, inclusive, sugeriu que Bolsonaro deveria ter criado uma espécie de comissão de enfrentamento à doença, composta por governadores, senadores, prefeitos, além de especialistas na área da Saúde.

Segundo ele, a medida “dividiria” responsabilidades, assim como “erros e acertos desse processo”, como bem disse. “O presidente tem todo o direito de ter a opinião dele. Eu só acho que a pesquisa confirma um erro que ele está cometendo”, iniciou a fala.

“Ele [Bolsonaro] tinha que ter chamado a responsabilidade. Pegava ali dois ou três governadores, senadores, deputados, dois ou três prefeitos, representantes do Ministério Público, especialistas na área da Saúde e montava uma comissão para definir um protocolo”, propôs.

“Essa comissão é que seria responsável pelos erros e pelos acertos desse processo. Nós estamos enfrentando um inimigo invisível, um inimigo desconhecido, cada país tem uma realidade”, ressaltou.

Apesar da fala, o democrata também afirmou que o Governo Bolsonaro teve pontos positivos, como a implantação do auxílio emergencial “que vai socorrer 50 milhões de brasileiros”. “Ele deu esse socorro para os estados e municípios. Tiveram ações positivas, mas acho que ele errou na forma, na postura e nos exemplos”, observou.

“Eu achava que o melhor caminho era se criar uma comissão para debater todas as ações. Ações gerais para o Brasil e ações específicas para a realidade de cada cidade e cada estado. Eu tenho certeza que, com isso, ele teria uma estabilidade muito maior e uma segurança para enfrentar a maior crise da nossa geração”, declarou.

Sobre algumas polêmicas envolvendo o Governo Federal, Bruno também não concordou nada com o debate criado em torno do uso da hidroxicloroquina: “Virou um debate político”.

“É ciência. É uma fórmula que dá resultado ou não. Não existe se a pessoa é de esquerda usar uma coisa ou se é de direita usar outra. Não é assim”, concluiu.

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