Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
18 de junho de 2020 | 07:47

Economistas veem Brasil em depressão econômica e projetam recuperação lenta

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O volume de serviços teve recuo recorde para um mês de abril. As vendas do comércio registraram o pior desempenho da história. A indústria recuou como nunca antes. E quase 5 milhões de postos de trabalho foram perdidos. Segundo economistas, o Brasil já pode se considerar mergulhado em uma depressão econômica. E deve demorar a se recuperar.

No “Dicionário de Economia do Século 21”, Paulo Sandroni define depressão como uma fase do ciclo econômico em que a produção entra em declínio acentuado, gerando queda nos lucros, perda do poder aquisitivo da população e desemprego.

Esses indicadores são mostrados nas divulgações feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o desempenho da economia em abril, o primeiro mês a sentir por completo os efeitos do distanciamento social causados pela pandemia da Covid-19, que causou impactos econômicos desastrosos

“Chegamos no fundo do poço”, apontou Otto Nogami, economista do Insper. “Isso é sem precedentes na história do Brasil. Nem em 2008 ou 2014, nem nas crises da década de 70 ou 80 tivemos nada similar em termos de redução do nível de atividade econômica. Só temos parâmetros equivalentes na depressão da década de 30”, apontou Luiz Carlos Prado, professor do instituto de economia da UFRJ.

Nesta quarta (17), o IBGE divulgou que o setor de serviços recuou 11,7% na comparação com o mês anterior, registrando a pior desde o início da série histórica, em 2011.

Folha de S.Paulo
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