Foto: Bechir Taieb/AFP
06 de setembro de 2020 | 19:40

Policial e três supostos terroristas são mortos após ataque na Tunísia

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A Guarda Nacional da Tunísia matou três homens suspeitos de serem militantes islâmicos depois que eles atacaram dois policiais, assassinando um deles, neste domingo (6) em uma área turística do país..

O “ataque terrorista”, segundo foi classificado por autoridades, ocorreu na cidade costeira de Sousse, onde cinco anos atrás 39 estrangeiros foram mortos por jihadistas, gerando um êxodo de turistas e sérios danos à economia local.

“Uma patrulha de dois agentes da Guarda Nacional foi vítima de um ataque com faca no centro de Sousse. Um deles morreu como mártir e o outro, ferido, está hospitalizado”, disse Hucem Eddin Jebali, porta-voz da Guarda Nacional.

Depois do ataque, as forças de segurança perseguiram os autores, que tinham roubado o carro da patrulha e se apoderado das armas das vítimas.

“Em uma troca de tiros, três terroristas morreram”, disse Jebalbli.

O presidente Kais Saied, que apareceu no local do ataque, afirmou que os agressores colidiram com os agentes e os esfaquearam.

“A polícia deve ser capaz de (identificar) quem está por trás dessas pessoas (os agressores) e saber se eles realizaram essa operação individualmente ou em nome de uma organização”, apontou Saied.

O último ataque do tipo no país foi em 6 de março, quando um policial morreu e outros cinco ficaram feridos, em um duplo atentado suicida contra as forças de segurança que protegiam a embaixada dos EUA em Túnis. Um civil também ficou ferido.

Depois da queda da ditadura em 2011, a Tunísia viveu um fortalecimento do movimento jihadista, que matou dezenas de soldados e policiais, além de muitos civis e 59 turistas estrangeiros.

Em setembro de 2012, a embaixada dos EUA foi atacada por manifestantes, em sua maioria do movimento salafista, que protestavam contra um filme islamofóbico feito no país norte-americano. Quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos enfrentamentos de policiais e manifestantes.

A situação de segurança melhorou muito nos últimos três anos, mas ainda ocorrem ataques contra as forças policiais, especialmente na divisa com a Argélia e às vezes na capital, Túnis.

Em junho de 2019, um duplo atentado suicida reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) teve como alvo policiais no centro de Túnis e na frente de um quartel e matou um policial.

Além do EI, a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM) realizou vários ataques mortais na última década.

Em fevereiro, AQIM confirmou a morte de um de seus líderes, Abu Iyadh, fundador do principal grupo jihadista tunisiano, o Ansar al Sharia, acusado em particular de ter orquestrado a violência contra a embaixada dos EUA em 2012.

Folha de S. Paulo
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