Foto: Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro 07 de novembro de 2020 | 18:00

Bolsonaro silencia enquanto líderes mundiais parabenizam Biden

brasil

Ao contrário de outros líderes mundiais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não parabenizou publicamente Joe Biden pela vitória na eleição americana.

O líder brasileiro não fez nenhuma manifestação de felicitação a Biden, projetado pouco depois das 13h20 deste sábado (7) como o vencedor do pleito disputado no último dia 3 de novembro.

A postura de Bolsonaro contrasta com outros governantes, entre eles o britânico Boris Johnson, o principal aliado do presidente Donald Trump na Europa.

Além de Johnson, publicaram mensagens de parabéns nas redes sociais o presidente francês, Emmanuel Macron, o líder espanhol Pedro Sánchez, o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e o governo alemão, chefiado pela chanceler Angela Merkel.

Também na América Latina líderes já começaram a felicitar a vitória de Biden, como os presidentes Alberto Fernández (Argentina) e Sebastián Piñera (Chile). O presidente da Colômbia, Iván Duque, também já se pronunciou.

Biden foi anunciado o vencedor das eleições americanas no início da tarde deste sábado. Ao contrário do Brasil, os EUA não contam com uma autoridade eleitoral nacional e o vencedor é declarado por projeções das redes de comunicação no país.

Durante a semana passada, Bolsonaro e seus assessores discutiram sobre o melhor momento de enviar uma mensagem de felicitação a Biden –caso ele fosse confirmado o vencedor.

Na diplomacia, as felicitações de outros chefes de estado são atos meramente simbólicos, mas no caso do líder brasileiro o silêncio ganha dimensões políticas uma vez que Bolsonaro é admirador declarado de Trump, que foi derrotado.

Bolsonaro foi apelidado pela imprensa estrangeira como o “Trump dos trópicos” e disse em diversas ocasiões que torcia pela reeleição do atual presidente.

Internamente, auxiliares palacianos avaliavam que, em caso da eleição de Biden, Bolsonaro só deveria parabenizar o democrata após a conclusão de qualquer disputa judicial sobre o resultado do pleito, uma vez que Trump ainda não reconheceu a derrota e alega ter sido alvo de uma fraude eleitoral.

Auxiliares do presidente destacam que ele não deve endossar as alegações de Trump de que houve irregularidades nas eleições americanas –o que seria tomado como uma ofensa pelo partido democrata– e que enviará uma mensagem parabenizando a eleição de Biden.

Folhapress
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