Foto: Universidade Federal do Ceará
Paulo Bonavides 03 de novembro de 2020 | 09:18

Morto aos 95 anos, Paulo Bonavides era considerado um dos maiores constitucionalistas do Brasil

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Várias autoridades e personalidades do mundo político usaram as redes sociais para se despedir do professor Paulo Bonavides, docente emérito da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará.

Considerado uma das principais referências no constitucionalismo e na política, Paulo morreu dia 30 de outubro, aos 95 anos. Generoso, iluminado, inspirador e renomado, deixa em seu legado para muitas gerações vasta obra jurídica e uma vida dedicada ao aperfeiçoamento republicano e democrático do país.

“Ele foi um dos maiores constitucionalistas do Brasil, sendo suas obras fonte de estudo para todos os cursos de direito do país. Tive a honra de ser seu monitor na Universidade Federal do Ceará, me ajudando na compreensão não só do direito, mas da democracia brasileira”, afirmou o político Ciro Gomes em suas redes sociais.

Bonavides nasceu em em Patos, na Paraíba, mas adotou Fortaleza após a morte do pai, em 1933. Em 1943, iniciou os estudos na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde formou-se cinco anos depois. Cursou sociologia jurídica na Universidade Harvard.

Começou a lecionar na Universidade Federal do Ceará em 1956. Em 1978, quando foi criado o mestrado em direito na universidade, ministrou a disciplina de filosofia do direito.

É membro da Academia Cearense de Letras desde 1970 e autor de vários livros, como “Do Estado liberal ao Estado Social”, “A Crise Política Brasileira”, “Constituinte e Constituição – A Democracia, o Federalismo, a Crise Contemporânea” e outros.

“Sua partida deixa a Universidade Federal do Ceará de luto. Ao mesmo tempo, a memória da firmeza de suas ideias, de seu profundo conhecimento, de sua dedicação ímpar e de seu engajamento com as gerações futuras nos servem de inspiração para reafirmar o compromisso com os ideais republicanos e constitucionais que ele tanto defendia”, diz o reitor, o professor Cândido Bittencourt de Albuquerque.

Casado com Yeda Satyro Benevides, teve sete filhos. A causa da morte não foi divulgada.

Folha de S.Paulo
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