Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Banco Central 17 de dezembro de 2020 | 09:47

BC revisa para baixo projeção de crescimento do PIB em 2021 para 3,8%

economia

Ainda com incertezas sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus no próximo ano, o BC (Banco Central) revisou, nesta quinta-feira (17), a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021.

Para a autoridade monetária, a atividade deve se elevar em 3,8%, 0,1 ponto percentual abaixo do estimado em setembro.

O BC também ajustou a estimativa para a retração da atividade em 2020 e vê queda de 4,4%, ante 5% do relatório de inflação anterior.

“Em parte, essa revisão [da projeção de 2021] reflete a antecipação da recuperação econômica esperada, ao menos para alguns setores e componentes da demanda, para o ano de 2020. Por outro lado, o menor crescimento trimestral também é consequência da recuperação mais lenta do mercado de trabalho e dos índices de mobilidade”, diz o BC no documento.

A autoridade monetária reafirmou que a perspectiva leva em conta a continuidade do processo de reformas em tramitação no Congresso e “ajustes necessários na economia brasileira”, que o BC considera “condição essencial para permitir a recuperação sustentável da economia”.

Para a inflação, a projeção central do BC é de 4,3% para 2020, 3,4% para 2021, 3,4% para 2022 e 3,3% para 2023. A estimativa leva em conta a taxa de câmbio constante R$ 5,25 e a taxa básica de juros (Selic) a 2% em 2020, 3% em 2021, 4,5% em 2022 e 6% em 2023.

O BC reconheceu que o choque de preços recente, especialmente em alimentos e combustíveis, foi mais forte que o previsto no relatório anterior, inclusive em setores mais deprimidos, como vestuário.

“A surpresa inflacionária no período foi concentrada, principalmente, em alimentação no domicílio, refletindo choque que se mostrou mais forte, persistente e abrangente do que se antevia em setembro. Houve também altas mais fortes que as antecipadas para bens industriais, em particular artigos de residência e de vestuário, e para preços administrados, com destaque para gasolina”, destacou.

Folha de S.Paulo
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