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Jacó repudia perseguições a comunidades rurais em Correntina e cogita visita da CDH à região 24 de fevereiro de 2021 | 09:07

Jacó repudia perseguições a comunidades rurais em Correntina e cogita visita da CDH à região

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Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Jacó (PT) estuda a possibilidade de uma visita in loco de integrantes do Colegiado à cidade de Correntina, no oeste da Bahia. A região tem sido palco de intensos conflitos entre fazendeiros, grileiros e pequenos agricultores pela posse da terra.

Procurado na semana passada por um dos representantes de uma associação comunitária que reúne cerca de 60 criadores de fundos e fechos de pasto, o parlamentar repudiou os ataques ocorridos entre 22 e 24 de janeiro, a terceira investida numa sequência de perseguições com direito a disparo de tiros e subtração de objetos pessoais desde 2009.

“Vieram com máquinas, queimaram e tiraram as nossas cercas, nossos arames e benefícios. Derrubaram os currais, o mangueiro, o rancho, a casa que nós  construímos. Destruíram as histórias de nossos avós e antepassados. Fizemos o BO, os peritos têm tudo registrado”, conta a fonte que prefere não se identificar. As acusações são dirigidas aos representantes das fazendas Santa Tereza e Bandeirantes.

Os agricultores que plantam milho, feijão e criam gado em regime coletivo e à solta integram as comunidades de Vereda da Felicidade, Capão do Modesto, Porcos Guará e Pombas, contempladas nas Portarias 13, 14 e 15/2021 (Diário Oficial do dia 18/2), da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), determinando a criação de uma Comissão Especial de Discriminação de Terra Devolutas do perímetro Rural. 

O deputado Jacó parabenizou o Governo do Estado, CDA e PGE pela decisão de promover a regularização fundiária na região. “Essa ação discriminatória representa um ganho, é o Estado procurando resolver e mediar os conflitos de terra na Bahia, tendo em vista que Correntina é um município importante, e que tem as comunidades de fundo e fecho de pasto e o agronegócio presentes”.

Entre os pequenos criadores rurais, também cresce a expectativa. “Queremos que a CDA faça a sobreposição de documentos, porque se alguém tem direitos ali, somos nós. Aquilo é terra pública, território tradicional, e nós fecheiros somos os guardiões. Muitos de nós resolveram permanecer para preservar as nascentes. Em muitas fazendas do agronegócio, a água dos riachos nem chega mais”, diz.

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