Foto: Fábio Motta/Estadão
BNDES 12 de março de 2021 | 11:08

BNDES tem lucro recorde de R$ 20,7 bilhões com venda de ações de Petrobras e Vale

economia

Com vendas de suas ações em grandes empresas brasileiras, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou lucro recorde de R$ 20,7 bilhões em 2020, alta de 17% em relação ao verificado no ano anterior, que também havia sido recorde.

Parte de um esforço do banco para reduzir sua carteira de participações acionárias, as operações renderam um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões. Desconsiderando esses efeitos extraordinários, o BNDES teria fechado o ano com lucro de R$ 8 bilhões, estável em relação a 2019.

Em três grandes operações, o BNDES vendeu em 2020 R$ 10,6 bilhões em ações da Vale e R$ 22 bilhões em ações a Petrobras, a maior oferta pública na bolsa brasileira desde a capitalização da própria estatal, em 2010.

No quarto trimestre de 2020, o BNDES teve lucro de R$ 7,0 bilhões, desempenho fortemente influenciado pela venda de ações da Vale e da Suzano, cada uma contribuindo com um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões.

A carteira de participações societárias do banco ficou em R$ 81,8 bilhões, queda de 32,3% no ano. O programa de desinvestimento foi mantido em 2021. No fim de fevereiro, o BNDES a empresa anunciou que zerou sua participação na Vale.

Em 2020, com programas de crédito emergencial para empresas brasileiras durante a pandemia, o BNDES desembolsou R$ 64,9 bilhões, 17% a mais do que em 2019. Segundo o banco, foi a primeira vez em sua história que ofereceu mais recursos para pequenas e médias empresas do que para as grandes.

Do total liberado em 2020, 52% foram destinados a negócios de menor porte. O total de ações de apoio emergencial durante a pandemia foi de R$ 155 bilhões, com apoio a 466 mil empresas.

Segundo o banco, a carteira de projetos de privatizações e concessões chegou a 121 ativos: 44 federais, 69 estaduais e 8 municipais. É uma alta de 112% em relação a 2019. Somando todos eles, o banco projeta R$ 223 bilhões em investimento e outorgas.

Folhapress
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