Foto: Dida Sampaio/Estadão
Sarkozy ao lado de Lula 01 de março de 2021 | 11:30

Ex-presidente da França, Sarkozy é condenado a 3 anos de prisão por corrupção

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O ex-presidente da França, Nicolás Sarkozy, foi condenado a três anos de prisão nesta segunda-feira, 1º. O Tribunal Criminal de Paris considerou Sarkozy culpado pelos crimes de corrupção e tráfico de influência no que ficou conhecido como “caso da escutatelefônica”. O veredicto foi apresentado no no começo da tarde (manhã, no Brasil).

Além de Sarkozy, foram condenados também o advogado Thierry Herzog e o ex-juiz Gilbert Azibert, pelos mesmos crimes. Os dois foram punidos com a mesma pena do ex-presidente, tendo Herzog recebido a pena adicional de proibição de exercer a advocacia por cinco anos.

A pena do líder conservador francês foi menor do que o pedido da acusação. Durante o julgamento, a promotoria pediu que o político de 66 anos fosse condenado a quatro anos, dos quais deveria cumprir pelo menos dois na prisão.

Durante seu testemunho, o ex-presidente disse que foi vítima de mentiras e negou a prática de qualquer ato de corrupção. “Nunca. Nunca abusei da minha influência, alegada ou real”, disse ele ao tribunal em dezembro. “Que direito eles têm de me arrastar através da lama assim por seis anos? Não há lei?”.

O caso pelo qual o ex-presidente foi condenado se iniciou em meio a uma outra investigação, sobre o suposto financiamento da Líbia – na época governada pelo ditador Muammar Kadafi – na campanha de Sarkozy em 2007

Por meio de uma escuta telefônica, os promotores identificaram um diálogo entre Sarkozy e seu advogado Thierry Herzog. Segundo a acusação, o ex-presidente teria se oferecido para garantir um ótimo emprego em Mônaco para o juiz Gilbert Azibert, principal magistrado do Tribunal de Apelações da França na época, em troca de informações confidenciais sobre uma terceira investigação, que apurava supostos pagamentos ilegais da herdeira Liliane da L’Oreal Bettencourt em a campanha presidencial de 2007.

Estadão Conteúdo
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