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A subprocuradora Lindôra Araújo é responsável pela condução da Operação Faroeste 13 de junho de 2021 | 17:35

Assassinato de fazendeiro em Barreiras pode ter repercussões na Operação Faroeste

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Um dia depois de ter supostamente uma de suas propriedades assediadas por um bando armado, o fazendeiro Paulo Antônio Ribas Grendene, 62 anos, foi assassinado a tiros numa rua de Barreiras na noite de sexta-feira passada (11). O crime pode resultar em novos desdobramentos da Operação Faroeste, uma das mais importantes investigações da Polícia Federal no país.

Os ataques aos vigilantes de Grendene ocorreram durante três dias consecutivos, de quarta a sexta-feira, segundo as mesmas fontes. Também em novembro do ano passado, um grupo de homens armados teria tentando expulsar Grendene de duas outras propriedades em Formosa do Rio Preto. “Vocês vão sair por bem ou por mal”, teria dito um deles, segundo relato de Grendene à polícia local, no mesmo dia do incidente.

Por ter, segundo o fazendeiro, envolvido PMs locais, o caso foi levado à Corregedoria da PM, mas até o momento não está claro se houve ou não investigação sobre as denúncias. Desde então, a tensão só aumentou na região. Nos últimos dias, quando Grendene se preparava para vender parte das terras, o clima piorou. Só esta semana, teria havido choque com vigilantes ligados a ele três vezes, de acordo com relatos de pessoas que presenciaram os eventos.

Na quinta-feira, houve conflito com troca de tiros e, na sexta-feira à noite, menos de 24 horas depois do embate, Grendene foi assassinado quando transitava pela rua João Pereira de Souza, no Bandeirantes, um dos bairros de Barreiras. Homens armados com pistolas .40 e  9 milímetros dispararam pelo menos 12 tiros contra o carro onde estava o fazendeiro, que morreu morreu no local.

A Operação Faroeste, conduzida pela subprocuradora-geral Lindora Araújo, investiga venda de decisões judiciais e tentativa de grilagem de aproximadamente 366 mil hectares no oeste da Bahia. No centro das investigações estão sete desembargadores, dois juízes e o suposto cônsul da Guiné Bissau Adailton Maturino, entre outros advogados e funcionários do Tribunal de Justiça.

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