Foto: Política Livre/Arquivo
Deputado federal Marcelo Nilo, que se sente preterido no grupo liderado pelo PT na Bahia desde 2014 28 de dezembro de 2021 | 11:30

Nilo admite conversas mas nega convite de Neto para concorrer ao Senado enquanto escolhem partido por onde concorreria

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O deputado federal Marcelo Nilo (PSB) admitiu há pouco a este Política livre que vem conversando com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, mas negou que tenha havido um convite  do candidato a governador do DEM para que concorra ao Senado em sua chapa.

“Não houve convite (para integrar a chapa como candidato a senador) para 2022. Mas, se houver, vou analisar junto com minha família, meus amigos e meu grupo político a fim de dar uma resposta a ele”, afirmou Nilo, esta manhã ao site.

Este Política Livre apurou que Marcelo já conversou pelo menos três vezes com o democrata. Neto passou a consultá-lo não apenas sobre uma virtual aproximação, como sobre temas políticos variados, com foco, principalmente, na sucessão estadual do ano que vem.

Trata-se de um namoro antigo, iniciado em 2014, quando o então prefeito convidou Nilo para concorrer a vice na chapa de Paulo Souto, na época candidato do DEM ao governo. Nilo presidia a Assembleia Legislativa e dizia ter ao seu lado 62 prefeitos.

Ficou com o governo Jaques Wagner (PT) para ver João Leão, do PP, ser escolhido candidato a vice do hoje governador Rui Costa (PT) numa chapa em que esperava ocupar o cargo ou a vaga de senador. De lá para cá, apesar do ótimo relacionamento com Wagner, nunca ‘curtiu’ o governador.

Em alguns momentos, chegou a criticar publicamente o estilo de Rui fazer política, no que não está sozinho no grupo governista. Nilo não tolera o que chama de ‘frieza’ do governador com os aliados, os quais acusam Rui de só procurá-los quando quer tratar de assuntos do seu próprio interesse.

Recentemente, dizem que, como coordenador da bancada federal na Câmara, o deputado ficou chocado com o que considerou uma ‘grosseria’ dirigida pelo governador ao colega Bacelar por causa da filiação do ex-juiz Sérgio Moro ao Podemos, como se o baiano pudesse ter impedido o ingresso do presidenciável na legenda que preside na Bahia.

Este Política Livre apurou que um dos problemas para os quais Neto e Nilo precisam encontrar uma alternativa para selar a aliança é a escolha de um partido no qual o ex-presidente da Assembleia possa se filiar. Neto teria sugerido inicialmente a ele o Republicanos.

Mas o deputado federal tem preferido a cautela em relação ao seu destino partidário. O MDB é outra opção, mas o fato de ainda não ter definido se marchará com Neto ou Wagner torna a escolha insegura. Outras legendas permanecem sendo analisadas pelos dois para a eventualidade de um casamento.

Leia também: Neto trabalha com carga simbólica de eventual rompimento de Nilo com PT para apoiá-lo

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