26 abril 2024
O mercado não quer ver no País retrocessos institucionais e de política econômica no próximo governo, diz o economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do Banco Central, Mário Mesquita. Segundo ele, que esteve em Nova York para o Latam CEO Conference, promovido pelo Itaú BBA, os investidores estrangeiros estão preocupados, mas têm uma visão de Brasil de “neutra para construtiva”.
Essa visão se explica por alguns motivos. Os principais, segundo Mesquita, são o fato de o Brasil ter avançado na vacinação da covid-19 e de não ter interferência direta na questão da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Porém, o conflito também está afetando as expectativas de inflação e crescimento por aqui. Por esse motivo, Mesquita admite o risco de revisar ainda mais para cima suas previsões de inflação em 2022 e 2023, no caso de uma pressão persistente nos combustíveis. Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre deve ter tido um crescimento bastante robusto, diz o economista.
Estadão