Carlos Muniz tem conversa com o PSC sobre partido; Heber Santana confirma desejo de ter o presidente da Câmara

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PTB), dedicará ao menos parte do final de semana para tratar do futuro partidário. Neste sábado (25), ele se reúne com o presidente estadual do PSC, Heber Santana, ex-vereador e atual titular da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). A informação foi confirmada ao Política Livre tanto por Muniz quanto por Santana.

“Estou conversando já com o Podemos, que se fundiu ao PSC e Heber deverá ser o presidente estadual (da nova sigla, ainda dependendo de aval da Justiça Eleitoral). Assim como estou conversando com outros (partidos). Tenho muitos amigos no Podemos e é uma possibilidade. O importante é que eu já obtive no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o direito de deixar o PTB antes da janela (partidária) sem risco de perder o mandato. Pretendo tomar uma decisão em abril”, disse Muniz.

O vereador também tem dialogado com o PL e com o MDB. Ele disse que a decisão sobre a nova sigla será pessoal, embora tenha consultado o vice-governador da Bahia, o emedebista Geraldo Júnior, de quem é aliado. “Geraldo é um irmão, um amigo de quem sempre quero estar próximo. Vou ouvi-lo, sim, assim como farei o mesmo com outras pessoas. Agora ele tem a função dele de vice-governador e eu tenho a minha de presidente da Câmara”.

Em conversa com o Política Livre, Heber Santana declarou que deseja ter Muniz no PSC/Podemos. Ele revelou ainda que a proposta é que chefe do Legislativo de Salvador seja o presidente municipal da legenda, hoje a cargo de George da Hora, nome ligado ao deputado federal Raimundo Costa (Podemos), que aderiu esta semana à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“Essa é a intenção, se isso for do desejo do vereador Muniz, e é natural, afinal ele é o presidente da Câmara. Mas isso ainda será feito dialogando com o deputado federal Raimundo Costa, com o deputado estadual Laerte do Vando (PSC) e com os vereadores. A fusão do PSC e do Podemos ainda não foi concluída, mas tomaremos todas as decisões de forma compartilhada. Projeto não se faz sozinho”, ponderou.

“Muniz é um amigo. As conversas que tenho tido com ele sobre se filiar ao PSC são antigas, antes mesmo de ele assumir a presidência da Câmara. Ele agrega e tem uma enorme capacidade partidária”, acrescentou Heber Santana. Ele ressaltou ainda que a discussão sobre 2024 em Salvador será discutida pelas lideranças do PSC e do Podemos, com ou sem a filiação de Carlos Muniz.

As duas siglas vivem um momento de divisão entre as lideranças que almejam ficar com Jerônimo e aquelas que já manifestaram a vontade de apoiar a reeleição de Bruno Reis (União). O próprio Carlos Muniz já deixou em aberta a posição que tomará em 2024: pode ficar tanto de um lado quanto do outro.