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Em entrevista à rádio Metrópole, ele afirmou que a sua chegada na presidência da Casa, sustentada por Geraldo, foi fruto de uma troca mútua entre ele o emedebista 10 de maio de 2023 | 11:00

‘Se Geraldo fosse pensar em apoiar outro candidato para presidente da Câmara, ele estaria me traindo’, diz Muniz

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O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), declarou, em entrevista à rádio Metrópole na manhã desta quarta-feira (10), que consideraria uma traição de Geraldo Júnior (MDB) caso o vice-governador não o tivesse apoiado para o cargo que assume atualmente.

Ele afirmou que a sua chegada na presidência da Casa, sustentada por Geraldo, foi fruto de uma troca mútua entre ele o emedebista. “Se Geraldo fosse pensar em apoiar outro candidato para presidente, ele estaria me traindo, porque tudo o que Geraldo me pediu durante esse tempo todo, nós acordamos e fizemos, nunca teve problema. E a mesma coisa vai continuar sendo”, disse.

Na oportunidade, Muniz citou diversos favores que o consagraram como “o braço direito de Geraldo Júnior na Câmara”. “Quando me disse que ia ser candidato a vice-governador, 15 dias antes da decisão ir para a imprensa, eu disse que para onde ele fosse, eu iria. Quando Geraldo me pediu para que apoiasse o filho dele, candidato a deputado estadual, meu candidato naquele momento era o vereador Maurício Trindade. Chamei Maurício Trindade lá em casa e disse: ”Não vou poder apoiar você, porque hoje eu recebi a missão de apoiar Matheus [filho de Geraldo Júnior]’. Quando Geraldo, um mês depois, me pediu para que eu apoiasse Valmir Assunção, eu apoiei Valmir Assunção. Então é uma história, não é da noite para o dia”, lembrou.

E continuou: “Em 2010, Geraldo suplente de vereador, nós tínhamos costurado um acordo para que Luizinho Sobral deixasse a Câmara para que Geraldo assumisse. Luizinho desistiu, disse que não faria mais. Quando terminei a reunião com [os deputados] Luizinho, Bacelar e outros vereadores, eu liguei para Geraldo, ele estava no Rio de Janeiro a serviço da Desenbahia, e falei: ‘Geraldo, você vai assumir como vereador, porque eu vou pedir licença por quatro meses para cuidar da minha vida pessoal para que você assuma'”.

“Ele se emocionou no momento, disse que o que eu estava fazendo era algo que ele nunca esperava. A nossa amizade se fortaleceu ali. No fim, não precisei fazer isso, porque Luizinho renunciou ao cargo de deputado estadual quando Bacelar foi secretário de Educação, e Geraldo assumiu”, emendou Carlos Muniz.

Mateus Soares
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