Foto: Billy Boss / Câmara dos Deputados / Arquivo
O deputado Cláudio Cajado 09 de junho de 2023 | 08:33

Cajado diz que tarefa de Mário Júnior é reunificar o PP, lamenta saída de Ronaldo Carletto e defende rodízio na presidência

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O deputado federal Cláudio Cajado, do PP, disse em conversa com este Política Livre que não pensa em sair do partido neste momento. Ele admitiu, no entanto, que o cenário pode mudar, a depender da condução do novo presidente estadual da sigla, o deputado federal Mário Negromonte Júnior.

“O novo presidente precisa agora reagrupar e reunificar o partido. Alguns deputados estaduais estão pensando em sair. Tem que chamar todos e reunir a Executiva para ver os caminhos que o PP da Bahia irá tomar. Não penso em sair, mas depende da condução dele (de Mário Júnior)”, afirmou Cajado, ao ser questionado sobre o assunto.

Cajado é um dos parlamentares mais influentes do PP. Ele já exerceu a presidência nacional da sigla, quando o senador Ciro Nogueira (PI) deixou o posto para ser ministro da Casa Civil na gestão de Jair Bolsonaro (PL). Próximo do presidente da Câmara, o pepista Arthur Lira (AL), recentemente o parlamentar baiano foi relator do novo marco fiscal. Na disputa interna pelo comando do PP baiano, ele apoiava o ex-deputado federal Ronaldo Carletto, que deixou o partido e mudou-se para o Avante.

“A saída de Carletto de fato prejudica o partido. Por isso, é preciso trabalhar para que não percamos quadros pois somos o quarto maior partido do país e temos que continuar fortes na política nacional e estadual. A nova Executiva na Bahia precisa traçar um plano de ação e trabalhar pela reunificação e fortalecimento do PP”, ponderou Cajado.

No final da semana passada, um dos prefeitos ligados ao deputado pepista, o de Santa Cruz Cabrália – Angelo Santos -, deixou o PSD e migrou para o Avante. Cajado garantiu que não foi consultado pelo gestor sobre a mudança, à qual considerou precipitada.

Cajado, que foi eleito na nova Executiva estadual do PP um dos vice-presidentes, defendeu ainda que haja um rodízio no comando da sigla na Bahia – o mandato de Mário Júnior tem duração de três anos, podendo haver recondução. “É importante que um rodízio aconteça e seja preservado”.

Antes de Mário Júnior assumir a presidência do PP baiano, o deputado federal João Leão ficou por mais de nove anos no comando da legenda no Estado.

Política Livre
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