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Deputados estaduais Eduardo Alencar (PSD) e Kátia Oliveira (União Brasil) 14 de junho de 2023 | 16:46

Empréstimo de R$ 85 milhões em Simões Filho gera embate entre Eduardo Alencar e Kátia Oliveira

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A tomada de um empréstimo de R$ 85 milhões pelo município de Simões Filho gerou debate quente, na sessão desta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa da Bahia, entre o deputado estadual Eduardo Alencar (PSD), que já foi prefeito da cidade, e a deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil), esposa do atual prefeito Dinha Tolentino. Quem iniciou a contenda foi Alencar, ao mencionar que o projeto de lei teria dado entrada na Câmara de Vereadores de Simões Filho em 5 de maio e aprovado no mesmo dia.

“[Quero] pedir ao prefeito, que é seu esposo, que pense duas vezes antes de comprometer a cidade de Simões Filho para as próximas gerações. É um pedido que faço a vossa excelência porque é muito importante, e tenho certeza que a consciência de um bom gestor jamais faria uma atitude dessas. São valores exorbitantes que, muitas vezes, os municípios não podem pagar, comprometendo a receita dos municípios por mais de 10 anos”, criticou o parlamentar do PSD.

Ele continuou: “o prefeito, esposo da deputada, já havia adquirido antes 36 milhões de reais para construção do mercado, do estádio, requalificação municipal, mas não diz em que botou, requalificação do Parque Continental, terminal rodoviário que não foi construído. E agora mais 85 milhões de reais, que vai somar o valor de 121 milhões e 500 mil reais de empréstimos para começar a ser pagos daqui a dois anos porque o prefeito já não será mais o prefeito; os próximos prefeitos irão arcar com essa dívida, comprometendo, enfim, a receita do município. o que é mais grave ainda: os juros desses empréstimos são muito altos e muitos municípios não vão poder arcar, com 187% do CDI ao ano, 28% durante o ano e 2,3% ao mês”.

A deputada Kátia Oliveira se pronunciou também na sessão desta quarta-feira (14) e começou dizendo que “vive em Simões Filho, dorme e acorda, independentemente de ter mandato ou não”. Ela prosseguiu: “o nobre colega esqueceu que ele deixou o município completamente endividado, em que quase 92% era a dívida em 2016, enquanto ele era prefeito. [Esqueceu que] encaminhou à Câmara de Vereadores também pedidos de empréstimos que foram aprovados, mas à época o município estava tão endividado que nenhuma instituição financeira, nenhum banco se interessou, quis contratar; haja vista que o município ficou 10 anos no Calc, uma espécie de SPC/Serasa dos municípios”.

“Hoje o município tem respaldo financeiro para constituir e conseguir mais este financiamento, pois deixou de ser a cidade mais violenta do Brasil para ser uma cidade que oportuniza nossos jovens. Diminuímos a dívida de 92% para 52%, aumentamos a arrecadação, retirou o municípios do cadastro de inadimplência. O município poderia ter tomado até R$ 300 milhões de financiamento, pois hoje tem capacidade de pagamento o que antes não tinha na gestão do deputado Eduardo Alencar”, rebateu Kátia Oliveira.

Davi Lemos
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