5 maio 2024
Durou pouco a tentativa do baiano André Godinho de passar a impressão de que teria apoio político de aliados do presidente Lula para ser indicado à vaga de advogado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a coluna de Paulo Capelli, do site Metrópoles, em rodas brasilienses o advogado costumava dizer que contaria com o aval, para sua indicação, dos três senadores baianos – Otto Alencar, Angelo Coronel, ambos do PSD, e principalmente, Jaques Wagner (PT).
Mas à coluna o senador petista, líder do governo Lula no Senado, afirmou que “estou focado em outra disputa para o STJ”, o que o colunista interpretou como a indicação à Corte na cota de desembargador estadual.
Este Política Livre vem registrando há meses que o preferido de Wagner para o posto é o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia Maurício Kerteszman.
Segundo o colunista, Godinho, que foi duas vezes conselheiro do CNJ e ouvidor nacional de Justiça, disputa a vaga no STJ com outros cinco candidatos.
São eles Daniela Teixeira, que tem o apoio da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; Luis Cláudio Chaves, apoiado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, além de Otávio Rodrigues, Márcio Fernandes e Luiz Cláudio Allemand.
Godinho enfrenta outro problema: suas relações pregressas com o clã dos Bolsonaro, ao lado de quem aparece em diversas fotos, apagadas depois de publicadas em suas redes sociais, como noticiou este Política Livre, em junho, e a coluna da jornalista Mallu Gaspar, em julho.
Aliás, segundo a jornalista, para colegas da Ordem, Godinho se aproximou do governo Bolsonaro na expectativa de que a vaga aberta com a saída do ministro Félix Fischer do STJ, em agosto, fosse definida ainda no ano passado, na gestão dele – o que não ocorreu.
“Ele apostou todas as fichas na reeleição do Bolsonaro”, alfinetou um colega em conversa com ela sobre a movimentação do advogado baiano.
Política Livre