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Hoje, advogado criminalista Leandro Gesteira é apontado como mais forte para nomeação ao TRE 29 de novembro de 2023 | 14:21

Escolha de novo desembargador ao TRE impõe negociação entre Jerônimo, Wagner e Rui; Saiba quem é o favorito hoje

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A eleição da lista tríplice de advogados para a escolha do novo desembargador do Tribunal Regional Eleitoral, ocorrida na semana passada, criou um verdadeiro desafio político para as três principais lideranças governistas do Estado.

Como a relação contém nomes supostamente do agrado de cada um, o governador Jerônimo Rodrigues, o senador Jaques Wagner e o ministro Rui Costa (Casa Civil), do PT, terão que provavelmente negociar entre si a indicação antes de submetê-la à apreciação do presidente Lula.

Apesar de ter sido o segundo mais votado da lista, com 28 sufrágios, por enquanto o advogado José Leandro Pinho Gesteira tem aparecido como o mais forte entre os candidatos para receber a bênção petista.

Ele conta com um time forte de desembargadores entre os seus apoiadores, os quais não só trabalharam intensamente por sua votação, a ponto de o terem colocado como segundo mais votado, como teriam conseguido o engajamento do governador do Estado no projeto de indicá-lo ao TRE.

Estariam por trás de Gesteira os desembargadores Ivone Bessa, que tem conhecido networking político, especialmente com os senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, do PSD, José Aras, em cujo instituto Gesteira ensina, e Sérgio Cafezeiro, também muito próximo de Rui Costa.

O ministro, no entanto, teria maior simpatia pelo nome do mais votado, Rafael Santana, de cujo escritório, comandado pelo respeitado criminalista Fernando Santana, é cliente. Como sua votação mostrou, Santana teve o apoio da maioria dos desembargadores, entre os quais o do presidente Nilson Castelo Branco.

O também criminalista Rafael Santana

Wagner, por sua vez, tenderia a apoiar o nome de Carina Canguçu, a terceira colocada na lista. Muito ligada ao desembargador Maurício Kertezman, Carina pode atribuir sua votação essencialmente ao trabalho de bastidor feito por ele junto aos colegas.

Kertezman, que foi indicado ao Tribunal de Justiça quando Wagner era governador e foi recentemente apoiado por ele para uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que não conquistou, planeja concorrer pela indicação ao Tribunal Eleitoral e gostaria de ter Canguçu como sua aliada de primeira hora na Corte.

Lá, esperam apreciar os processos relativos ao pleito do próximo ano. Dos três, ela é a única que já atuou no órgão, mas como juíza substituta.

Advogada Carina Canguçu

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